Em um projeto ambicioso batizado de “Charging Forward” (carregando para frente em tradução literal), a BorgWarner se comprometeu com investidores a acelerar sua estratégia de eletrificação nesta década. A empresa passa a concentrar esforços no desenvolvimento de tecnologias de modo a elevar sua receita em componentes voltados a veículos elétricos dos atuais 3% para perto de 45% até 2030.
A ideia é alcançar a neutralidade do carbono até 2035. Diz Frédéric Lissalde, presidente e CEO da BorgWarner: “A história de mais de 100 anos de nossa empresa é uma história de evolução, construída sobre liderança de produto, um modelo operacional ágil e descentralizado e gerenciamento financeiro e operacional disciplinado. Como planejamos para a próxima década de crescimento lucrativo, agora é a hora de nos afastarmos de uma estratégia de propulsão equilibrada e acelerar nossa mudança em direção à eletrificação. Acreditamos que a oportunidade de eletrificação é real, grande, de curto prazo e importante para nossos objetivos de sustentabilidade. Há anos temos trabalhado para capitalizar essa oportunidade e estamos confiantes de que temos escala, portfólio, solidez financeira e equipe para executar com sucesso.”
Já para os próximos quatro anos, a empresa espera que mais de 25% das suas vendas sejam para veículos elétricos. De acordo com Lissalde, o plano compreende três pilares: investimento de dois bilhões de dólares em e-propulsão nos próximos cinco anos; expansão do portfólio elétrico e otimização das soluções à combustão com tecnologias que apoiem as montadoras enquanto fazem a ponte para a eletrificação.
Para incrementar suas iniciativas de eletrificação, a empresa confia em sua estrutura organizacional descentralizada, ofertas de sistemas e componentes, escala para entregar e comercializar tecnologia inovadora e equipes especializadas e premiadas.
A BorgWarner estima que com o projeto será possível ampliar a participação no mix de mercado entre os sistemas de propulsão que, considerando o volume global de cerca de 102 milhões de unidades de veículos leves em 2030, representará 36% de veículos a combustão, 34% de híbridos e 30% de elétricos.
A aceleração para eletrificação terá a essência que guiou o desenvolvimento do portifólio para tornar os veículos a combustão cada vez mais eficientes ao redor do mundo. Há soluções desenvolvidas globalmente para atender demandas especificas de cada mercado, aliando a expertise local ao conhecimento global. Aqui no Brasil, o turbocompressor para motores flex é um desses exemplos.