São Paulo – O setor de máquinas de construção espera crescimento de dois dígitos nas vendas em 2021, na comparação com 2019. Essa foi a projeção de André Marinho, da KPMG, e representantes da indústria que participaram na segunda-feira, 12, do Workshop AutoData Máquinas Agrícolas e de Construção, por meio online.
Eles aguardam que saiam do papel diversas obras planejadas em infraestrutura no País. Aparentemente, chegou o momento, segundo Marinho: "Existem uma série de indícios de que os projetos serão desengavetados, sobretudo para atender ao setor agrícola que vem se expandindo em termos de produção".
O consultor citou também projetos em portos e aeroportos como outros vetores de novos negócios no ano.
Paula Araújo, vice-presidente da New Holland Construction, braço da CNH Industrial no ramo da construção, acredita que o crescimento no ano possa ser de 20% por causa do desengavetamento das obras. “Seguimos as projeções da Sobratema [Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração], que gira em torno deste porcentual e considera as obras de infraestrutura no País.”.
Para Massami Murakami, diretor de planejamento estratégico da Volvo CE, as exportações voltam a ganhar relevância no mix das companhias do setor com o dólar valorizado: "Se a gente analisar bem, o Brasil concentra a produção destes equipamentos no hemisfério Sul, de forma que somos protagonistas e temos de aproveitar o cenário favorável do câmbio".
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