Estoques na rede abastecem oito dias de vendas

André Barros

São Paulo – A rede de concessionários fechou junho com pouco mais de 56 mil unidades em estoque, volume que, nas contas de Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, consegue abastecer oito dias úteis de vendas do mercado nacional. No mês passado foram emplacados 182,5 mil veículos no País, conforme antecipou a Agência AutoData, queda de 3% na comparação com maio e alta de 32,8% com relação a junho de 2020, mês ainda sob impacto das restrições ao comércio da pandemia de covid-19.

São Paulo – A rede de concessionários fechou junho com pouco mais de 56 mil unidades em estoque, volume que, nas contas de Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, é suficiente para abastecer oito dias úteis de vendas do mercado nacional. No mês passado foram emplacados 182,5 mil veículos no País, conforme antecipou a Agência AutoData, queda de 3% na comparação com maio e alta de 32,8% com relação a junho de 2020, mês ainda sob impacto das restrições ao comércio da pandemia de covid-19.

“É um dos índices de estoque mais baixos da história”, disse Assumpção Jr durante entrevista coletiva virtual na manhã da sexta-feira, 2. “A indústria sofre com abastecimento de peças, em especial semicondutores, os componentes eletrônicos.”

O primeiro semestre registrou 1 milhão 74 mil unidades comercializadas, dentre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, volume que superou em 32,8% o resultado dos primeiros seis meses de 2020.

As vendas de automóveis e comerciais leves cresceram 31,9% no semestre, com 1 milhão 6 mil unidades. E poderia ser mais, segundo cálculos da Fenabrave: ”Em torno de 200 mil veículos leves deixaram de ser vendidos no mercado interno por causa da falta de semicondutores na indústria”.

No mês passado os emplacamentos do segmento leve somaram 169,6 mil unidades, recuo de 3,3% com relação a maio e alta de 38,1% sobre junho do ano passado.

Em caminhões o salto está maior: no semestre a alta foi de 54,5%, para 58 mil veículos comercializados. Em junho foram emplacados 11,1 mil caminhões, 2,3% a menos do que maio, mas 26,9% acima do mesmo mês de 2020.

“O crescimento do PIB, puxado pelo agronegócio, vem puxando a indústria de caminhões. Temos também boa oferta de crédito ao setor, com 79% de índice de aprovação. Em alguns casos há encomendas disponíveis apenas para entrega em 2022”.

As vendas de ônibus, porém, recuperam um pouco menos do que a média da indústria. Assumpção Júnior disse que o segmento sofreu mais com a pandemia, porque há uma maior predisposição ao transporte individual por causa do vírus. Em junho foram emplacados 1 mil 765 ônibus, 7% abaixo de maio e 35,8% acima de igual mês do ano passado. No semestre o crescimento foi de 18,3%, para 9,3 mil unidades.