AD 340

75 Dezembro 2017 AutoData vendas globais para o setor chegaram ao marco de € 10 bilhões, cerca de 17% do número total do grupo. Gisela Pinheiro pondera que até então uma série de investimentos no setor estava sendo postergada “em nome da sobrevivência”. Ao que tudo indica este quadro ficou para trás. “O mercado está aceitando bem novos lançamentos. Boa parte dos clientes está sinalizando retomada de aportes para os próximos cinco anos.” Ela também observa que o setor au- tomotivo passa por transformação, e que a empresa procura se adaptar aos novos tempos. No último Congresso SAE Brasil, em novembro, a Basf mos- trou novas tecnologias que poderão representar bons negócios no ano que vem e nos próximos, tais como apli- cações em poliuretano para volantes, forros de teto, bancos, painel de instru- mentos, apoios de braços, encostos de cabeça, isolantes acústicos e até peças de suspensão, como batentes e isola- dores de mola. Na área de tintas automotivas a for- necedora divulgou em outubro estudo de tendências de cores que também pode ajudar a engordar números em 2018. A empresa aposta suas fichas no que batizou como Visual Arete, um verde metálico com tons azulados que “dança em meio ao brilho e ao misté- rio e proporciona sofisticação aliada ao equilíbrio”, segundo descrição da empresa. Para a executiva, em termos mais concretos, “o mercado está mais aberto a novas cores”. Outra frente que deve impulsionar as vendas a partir do ano que vem são as aquisições, indica Gisela Pinheiro. No fim do ano passado a Basf concluiu em termos globais a compra da Che- metall, que atua no mercado de trata- mento para superfícies – seus produ- tos químicos protegem os metais da corrosão e permitem que as peças se- jam preparadas da melhor forma para o processo de pintura, o que gera uma adesão adequada da tinta. O valor do negócio foi de US$ 3,2 bilhões. Em setembro a Basf anunciou acor- do global para comprar a divisão de poliamidas da Solvay, dona da Rhodia, por € 1,6 bilhão. A transação, que de- pende da aprovação de sócios da ven- dedora e de órgãos reguladores, deve se completar no terceiro trimestre de 2018. As vendas dessa divisão da Sol- vay em 2016 alcançaram € 1,3 milhão. Os dois negócios envolvem dire- tamente o Brasil –tanto a Chemetall quanto a divisão de poliamidas da Solvay possuem unidades produtivas aqui: “Essas aquisições terão grande impacto local e nos ajudarão na com- plementação de nossos processos, Basf: aquisições e lançamentos em 2018. Divulgação/Basf fazendo da Basf um fornecedor ainda mais completo e presente para a in- dústria automotiva”. TRANSFORMAÇÃO – Outra que igualmente se anima com os negó- cios em 2018 é a própria Solvay. Emy Yanagizawa, responsável pela área comercial e marketing de plásticos de engenharia e coordenadora do grupo interno voltado para o setor o automo- tivo, afirma que o acordo com a Basf “marca um ponto de virada na trans- formação profunda iniciada há quatro anos, reforçando nossa posição como produtores de química de especialida- des, permitindo um crescimento maior e mais sustentável”. No segundo semestre a empresa viu os negócios no setor automotivo cres- cerem em média 20%, ainda que, aler- ta a executiva, a base seja baixa. Para 2018 a expectativa é a de nova eleva- ção de dois dígitos, na faixa de 10% ou até um pouco mais, sempre “aci- ma do mercado”, espera Yanagizawa. Por intermédio da Rhodia, empresa

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