AD 340

84 AutoData Dezembro 2017 Produção processo e trabalham em conjunto com 57 robôs na linha de solda, que ganhou quarenta novas pinças. Ao todo a pro- dução do Kicks demandou 150 novos equipamentos em Resende. Na área de pintura deu-se um dos maiores desafios. No melhor estilo Fashion Week, o SUV pode receber cor de teto bem distinta daquela da car- roceria, em nada menos do que cinco combinações disponíveis: cinza com teto laranja, prata com teto preto, bran- co com teto preto, cinza com teto preto e preto com teto grafite. “Essa técnica requer um processo extremamente bem controlado e ha- bilidades especiais para pintar as duas cores na mesma carroceria”, revela o gerente de manufatura Fernando Bit- tencourt. “Sem esquecer do reforço no mascaramento do veículo, que recebe a cor aplicada por dez robôs e operadores especialistas ao longo do processo.” Para isso foram criados dois novos via exportação. A Nissan já começou a preparar os primeiros embarques para a Argentina. Paraguai e Uruguai serão os próximos destinos. Estão no radar Bo- lívia, Chile, Costa Rica, Panamá e Peru, que já recebemMarch e Versa. O Kicks for Export é basicamente o mesmo do mercado brasileiro, com ou- tra calibração de motor para adaptar-se ao combustível vendido nesses países e alguns pormenores estéticos para agra- dar aos consumidores regionais, cada qual com sua preferência. Para a Ar- gentina, por exemplo, o interior conta com bancos em couro na cor caramelo, opção que no Brasil recai no preto. A Argentina, aliás, responde por 44% das vendas externas a partir de Resen- de. O Versa é o modelo mais exportado, com 57%. Em meados de novembro a fábrica bateu marco de 20 mil veículos exportados, avançando rapidamente: os embarques começaram apenas em março de 2016 e chegaram à casa das 10 mil unidades em abril. Segundo Custódio, a possibilidade de o modelo tomar o posto de Nissan brasileiro mais exportado é para muito breve, até pelo fato de representar novi- dade, apelo que já não se encaixa mais no hatch e no sedã. Finalmente, esse movimento todo gerado pelo modelo, é claro, começa a surtir efeito também na cadeia produti- va. O índice de nacionalização kicksnia- no é ainda relativamente baixo, 52%. A Nissan pretende inicialmente puxá-lo para 70% e, depois, de 75% para 80%. Wesley Custódio justifica: “É a condição ideal para fugirmos das variações de moedas estrangeiras”. processos de mascaramento, o que por sua vez levou à criação de dez novos postos de trabalho na pintura. Funciona assim: a carroceria doKicks, após passar pelas etapas iniciais, chega à área onde é realizada a etapa de aplicação de cor. Os robôs pintam apenas o teto, a carro- ceria é mascarada nessa região e então retorna à fase anterior, onde é feita a aplicação da outra cor no restante do veículo. Este processo não só nunca ha- via sido usado naNissan do Brasil como também jamais foi realizado na grande maioria das montadoras no País – para Wesley Custódio “é algomuito delicado e extremamente visível para o consumi- dor, e por isso precisa ser efetuado com extrema precisão”. AGORA, OS VIZINHOS – Finda e ma- turada toda essa etapa de adaptação e aprendizado para a produção local, chegou o momento do Kicks brasilei- ro começar a ganhar outros terrenos Argentina, Paraguai e Uruguai já começaram a receber Nissan Kicks brasileiro

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