AD 340

Retrovisor 90 AutoData Dezembro 2017 Tiros n’água. E no alvo bilidade de gerar energia por meio da frenagem, a emissão zero, a ótima diri- gibilidade e o baixo nível de ruído são benefícios de fundamental importância para o consumidor”, disse. “O século 21 marcará o início da era dos veículos elétricos”, cravou, nesse caso, com boa pontaria. À época, condução autônoma era um tema árido. Panik contou que “pro- jetos de direção ativa eletrônica para eliminação e acidentes já existem em diversas formas”. A conversa, no entan- to, não foi muito além de um sistema eletrônico de frenagem, deixando claro que, no quesito, evoluímos muito do que imaginava o especialista. Há dez anos um especialista pensava em como seriam os veículos em 2022 aprimorar o trem-de-força e investir na eficiência dos combustíveis renováveis. Bem ou mal, evoluímos nos quesitos ci- tados por Panik, mas seguimos longe da tal mobilidade sustentável. Ao ser questionado sobre veículos movidos a hidrogênio, o engenheiro elétrico, que de 1989 a 1997 traba- lhou na divisão de pesados da Merce- des-Benz no Brasil, projetou que cami- nhões e ônibus poderiamestar rodando com a tecnologia em 2015. Tiro n’água. Para os automóveis, a data prevista foi 2022. Nada indica que chegaremos lá. A certa altura da entrevista, Panik rende-se aos elétricos. “A alta eficiência e o bom torque dos motores, a possi- N a edição especial de 15 anos de AutoData , em outubro de 2007, o então repórterMarcos Rozen entrevistou o engenheiro ale- mão Ferdinand Panik, à época a maior autoridade em pesquisa e desenvolvi- mento do universo automobilístico. O foco da reportagem era pensar como seriam os veículos dali a 15 anos – em 2022, portanto. Ao responder sobre os desafios de curto prazo, Panik lançou mão do ter- mo mobilidade sustentável, conceito até então distante do debate nacional. Ele enumerou as seguintes prioridades: reduzir as emissões, baixar o nível de ruído, aumentar a segurança veicular,

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