AD 341

24 Fevereiro 2018 | AutoData ROTA 2030 » A NEGOCIAÇÃO respeito aos híbridos e elétricos. Somada à redução da alíquota do imposto de im- portação já em vigência, que para os 100% elétricos é zerada, o IPI deste segmento deverá ser reduzido dos atuais 25% para 7% – o nível mais baixo do imposto, equivalente aos populares. “A Fazenda aceitou essa negociação porque este é ummercado ainda insignifi- cante”, relata uma fonte ligada diretamente às negociações. O temor é que esta seja justamente a única concessão no que diz respeito a questões tributárias. A negociação para o IPI majorado cair de trinta para dez pontos porcentuais, que poderiam ser abatidos de dois em dois de acordo com uma planilha de obrigações, tanto para fabricantes locais quanto impor- tadoras, por exemplo, poderá ser deixada de lado. Segundo fontes que participamdas negociações, esse assunto “perdeu força”, apesar de representar uma lógica central do Rota 2030. CASA CIVIL Certo mesmo é que a decisão final ca- berá ao Presidente da República, que es- colherá quem levará a melhor nesta disputa MDIC x Fazenda – ou, ao menos, quais con- cessões deverão fazer ume outroministério. Certamente neste processo haverá uma forte participação da Casa Civil, que normal- mente assessora o Presidente nestas oca- siões, avaliando os pedidos e necessidades dos vários ministérios. Cabe lembrança: em diversas oportunidades o ministro da Casa Civil já repetiu o discurso do Ministro da Fazenda, alegando que o Brasil “não pode gastar mais do que arrecada”, por exemplo. Em novembro houve uma reunião na qual participaram o Presidente da Repúbli- ca, os ministros do MDIC, Fazenda e Casa Civil e a Anfavea. Esperava-se que neste encontro as rusgas fossem atenuadas, mas aparentemente a conversa não foi suficiente. No fim de dezembro, ainda à espera do Rota 2030 em 2017, o Ministro da Fazenda considerou que o destino do programa era “decisão de ordem política”. No ar fica uma sensação de que agora o tempo corre contra: quanto mais o Rota 2030 demora para sairmais a argumentação de que o setor está se virando muito bem sem regulamentação específica ganha força – e a recuperação das vendas no mercado interno, involuntariamente, ajuda na difusão desta lógica um tanto míope. Assim, conforme os dias passam cada vez mais o temor de derrota aumenta. E vem com ele a sensação de que um empate, a essa altura, já terá sabor de vitória. Indicativos de que o sinal amarelo acendeu para o Rota 2030 parecem surgir a todo instante

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