AD 341
26 Fevereiro 2018 | AutoData ROTA 2030 » GOVERNO H á límpido e cristalino consenso den- tro do governo federal quanto à ne- cessidade de uma política industrial que assegure o futuro do setor auto- motivo brasileiro. As divergências se resu- mem à forma como determinadas ações devem ser tratadas e aplicadas, como, por exemplo, os incentivos para pesquisa e desenvolvimento. Avisão é de Margarete Gandini , direto- ra do Departamento das Indústrias para a Mobilidade e Logística doMDIC e envolvida até o último fio de cabelo na elaboração do programa. Ela é taxativa: “ORota 2030 não é uma política de subsídio. Não há qualquer subsídio à produção, apenas à P&D e ainda assim atrelado a metas arrojadas”. Ementrevista exclusiva a AutoData a di- retora revelou que a proposta doministério é botar o Rota 2030 na rua primeiramente em sua espinha dorsal, contendo as regu- lamentações específicas para eficiência energética, segurança, pesquisa e desen- volvimento, apoio a novas tecnologias, hí- bridos e elétricos, etiquetagem veicular e Por Marcos Rozen MDIC: não podemos retroceder. Diretora do ministério defende que a espinha dorsal do Rota 2030 precisa sair para que outras questões paralelas da indústria também possam avançar as especificidades para fabricantes pre- mium/baixo volume. E depois completar o programa conforme outros temas forem sendo debatidos e acordados, como rede de concessionárias, mobilidade urbana, logística e afins. Quanto ao prazo, ela apenas conside- ra que “o próprio presidente da Repúbli- ca determinou o fim de fevereiro” como data-limite para as decisões envolvendo o programa. Margarete Gandini também considera que “ninguém pode ser contra pesquisa e desenvolvimento. Todos os países fazem isso, alguns inclusive com estímulos em níveis bem superiores aos nossos. O que se discute hoje é apenas a forma como se dará esse apoio”. Pelos cálculos do MDIC nos 5 anos do Inovar-Auto as empresas ha- bilitadas investiramR$ 25 bilhões emP&D. Ela lembra a importância do P&D em temas como o etanol, inclusive no que se refere aos veículos híbridos e elétricos. “Tudo que já fizemos em relação ao flex é uma riqueza do País, essa pesquisa tem João Mantovani
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