AD 341
34 Fevereiro 2018 | AutoData EXPORTAÇÃO A saída para a indústria automotiva nacional fugir de uma das maiores crises econômicas já vividas estava nos portos. Demorou um pouco mas a estratégia deu certo: batalhando clientes externos desde que os números do mer- cado interno começaram a minguar, em 2017 o País exportou veículos como nunca, navegando em um novo recorde. No ano passado foramvendidos mundo afora 762 mil veículos produzidos em terri- tório nacional, o que significou crescimento de 46,5% com relação a 2016. Os negócios internacionais renderam US$ 15,8 bilhões, 23,4% a mais que a média de faturamento para vendas externas observada dos últi- mos dez anos. A projeção da Anfavea para 2018 é de Por Henrique Skujis A culpa é dos argentinos A projeção para o aumento das exportações em 2018 é de modestos 5%. É o mesmo índice esperado para o mercado interno argentino, onde de cada dez veículos vendidos seis são Made in Brazil nova alta, 5%, para 800 mil unidades em- barcadas. Como referência a estimativa de crescimento da produção é de 13,2% e para o mercado interno, 11,7%. O índice, porém, parece conservador: a maioria das empresas não pretende pisar no freio na hora de programar os embarques de seus veículos para fora do Brasil. Pode-se recordar, ainda, que as fábricas brasileiras fecharam o ano com ociosidade produtiva na faixa dos 50% – ou seja, ao menos em tese não falta espaço nas linhas de monta- gem para abastecer o crescente mercado interno sem deixar de lado números mais pujantes também na demanda externa. A favor de uma projeção mais promisso- ra pesa ainda a entrada emvigor – finalmen- te! –, em dezembro, do acordo comercial
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