AD 341
39 AutoData | Fevereiro 2018 mas também à renovação do portfólio das marcas Fiat e Jeep ocorrida a partir de 2015 com a inauguração da fábrica da empresa em Goiana, PE. Mobi, com 29 mil unida- des, Strada, com 22,6 mil, Renegade, com 19 mil, e Toro, com 17 mil, foram os quatro modelos mais exportados pela empresa no ano passado. Com o argumento que a capacidade de produção instalada no País é quase o dobro da produção efetiva, Parkes crê em mais crescimento em 2018. AGM, líder emvendas naAmérica do Sul há 17 anos, fala em aumentar suas expor- tações de 15% a 20% em 2018, índice bem superior ao projetado pela Anfavea. Carlos Zarlenga, presidente da empresa, inclusive, defende uma mudança nas regras para que as plantas sul-americanas possam traçar estratégias comuns e passem a produzir veículos com as mesmas especificações. “O cenário atual nos obriga a ter de 20% a 25% mais partes em um carro do que se o produto tivesse uma mesma e única especificação. Isso dificulta o controle do inventário e complica a logística de peças. Poderíamos ser bem mais eficientes com um mercado comum.” DO IRAQUE AOS ESTADOS UNIDOS Uma grande responsável pela expansão das exportações brasileiras de veículos foi a Volkswagen. Com crescimento de 52% em relação a 2016, embarcou 163 mil 306 veículos em 2017 – o que equivale a 21,4% do total. AVolkswagen, diga-se, é a maior expor- tadora da história da indústria automobilís- tica. Desde 1970 já despachou mais de 3,5 milhões de veículos para 147 países – do Iraque aos Estados Unidos, da Ucrânia ao Turcomenistão. No ano passado, quando vendeu para 15 países, todos na América do Sul, América Central e Caribe, a em- presa foi pela 14ª. vez consecutiva a líder de vendas na Argentina, com 93 mil 981 unidades vendidas. “O desempenho é fruto da estratégia de regionalização das operações”, alega Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen na região. A região criada pela Volkswagen con- grega 29 países das Américas do Sul e Central e do Caribe. Nessa lista estão os poderosos Argentina e Brasil, mas também os pequenos Guatemala, Curaçao, Jamaica e Cayman. Segundo Thomas Owsianski, primeiro vice-presidente executivo e vice-presidente de vendas e marketing, o desenho da nova estrutura, criada em 2016, permitiu atuação mais ativa nas decisões voltadas aos mer- cados da região. “AVolkswagen otimiza sua estrutura de custos, estabelece posiciona- mento adequado de mercado e assume mais responsabilidade.” O carro-chefe da empresa segue sendo o Gol. Com 73 mil 848 unidades exportadas o hatch mostra que, a despeito dos 37 anos de vida, ainda tem bastante mercado tam- bém fora do Brasil. Aqui foi o quarto mais vendido em 2017, com 73 mil 919 unidades. Nas segunda e terceira colocações do ranking de expatriados VW em 2017 estão Voyage, 24,8 mil, e Saveiro, 24,2 mil. Na quarta posição o Up, com 20,8 mil. Para 2018 a entrada em campo do novo Polo tende a elevar os volumes de exporta- ção da fabricante: até janeiro, com poucos meses de vida, já soma 7 mil unidades en- viadas para fora do Brasil. Outra carta na manga da Volkswagen é o Virtus. “Vamos ampliar ainda mais a nossa gama de produtos para outros mercados”, destaca Owsianski. Os dois são produzidos sobre a plataforma MQB, em São Bernardo do Campo, SP. Apesar de modelos globais, receberam design exclusivo inspirado em pesquisas com clientes da região. Ou seja, a ideia desde o primeiro rabisco do projeto era, de fato, exportá-los. O crescimento projetado pela Volkswa- gen está distante da estimativa da Anfavea: Owsianski fala em exportar quase 190 mil veículos em 2018, ou alta de 15% ante 2017. “Mesmo com a retomada do mercado in- terno nosso objetivo é continuar avançando nas exportações, agora apoiados na nova estrutura regional criada pela empresa.” Assim, no que depender da VW e de outras tantas empresas, poderemos ver em breve a Anfavea refazer suas projeções de exportação. Para cima. Os maiores clientes brasileiros 69 % 12 % 5 % México Argentina Chile Fonte: Anfavea
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