AD 341

52 Fevereiro 2018 | AutoData CONSULTORIA » ESTUDO KPMG sozinha. É preciso que haja um consenso no setor, no qual as empresas enxerguem que se beneficiarão atuando juntas”. SERVIÇOS Carros conectados, igualmente tema que ganhou força no setor automotivo, é outro pilar que pode definir a configuração domercado para os próximos anos. É neste ponto que o estudo traça um ambiente mais próximo ao que vemos hoje: explo- ração de serviços pormeio dos dados que um veículo ou motorista possam oferecer às montadoras. Eles carregam enormes oportunidades para futuros modelos de negócios no ecossistema de mobilidade. A busca pela rentabilidade fora do ne- gócio padrão de produzir veículos deve gerar, segundo o consultor da KPMG, um processo inevitável de fusões e aquisições com empresas que atuam na área da tec- nologia da informação. Ainda que o movimento seja conside- rado normal, o consultor diz que as mon- tadoras devem se posicionar à frente dos modelos de negócios baseados em servi- ços. Do contrário deixarão escapar receitas importantes geradas a partir dos veículos: “Um carro hoje em dia gera uma série de dados que não são aproveitados pelas montadoras, mas por outras empresas que utilizam a plataforma veicular sem pagar por isso. Umexemplo são os aparelhos por meio do qual é possível pagar pedágios eletronicamente. Temos neste caso uma empresa faturando sobre o produto de outra. Mais: ficam com ela os registros de dados importantes, não comamontadora”. O consultor cita, como exemplo do que pode acontecer até 2025, o caso das ope- radoras de telecomunicações na época do advento da comunicação por voz em outras plataformas. “São as empresas chamadas over- -the-top, que usam a estrutura de outras para operar. A operadora de telefonia não consegue mais receita com isso além dos dados que o usuário consome no celular para enviar uma mensagem de áudio. En- quanto isso, quem arcou com os custos operacionais, antenas, cabos etc? Nos veículos acontece o mesmo. Outras em- presas utilizam o veículo como base para oferecer serviços, e este papel deveria ser desempenhado pelas montadoras”, afir- ma Bacellar, que aponta os sistemas de infotainment como ponto de partida para as fabricantes passarem a obter receita a partir de serviços. “Serão cada vez mais comuns veículos com telas no painel. Qual serviço ou quais parcerias as fabricantes vão fazer para ofe- recer conteúdo ali?” Apesquisa da KPMGmostra ainda que, sobre o tema, mais de 80% dos executivos estão convencidos de que os dados ge- rarão futuros modelos de negócios. Anali- sando os resultados por região, executivos da China concordamemmais de 90%, en- quanto na Europa a taxa de aprovação dos serviços via dados é de 76%. O estudo mostra também que no mo- delo de negócios baseado em ativos de hoje os fabricantes ganham a maior parte de seus lucros no ponto de venda, e não durante o ciclo de vida do carro. Os fabri- cantes deveículos premium, por outro lado, gerammargens elevadas na loja e ao longo do ciclo. “É um exemplo que deve ser se- guido pelas fabricantes que possuem um maior volume de venda. Se conseguirem inserir lugar dentro dos próprios carros que vendem, poderão aumentar muito mais as receitas.” Estudo aponta que os elétricos movidos a célula de combustível tomarão o lugar dos movidos a bateria em alguns anos

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