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55 AutoData | Fevereiro 2018 Brasil em Michigan Há três anos o designer brasileiro João Marcos Ramos vive em Michigan, expatriado pela Ford Brasil. Tem EcoSport no seu currículo e no da equipe, assim como o atual desenho frontal dos Fusion passou por sua prancheta. Eis aí um artista feliz da vida: faz o que gosta, trabalha no que quer. Poderia ser pretensioso mas vive lembrando que, o seu, é um trabalho de equipe. E que, se pretende ser transformador, design tem origem em criação de conceitos. Foi o caso da nova dianteira do EcoSport, que gerou competição interna na companhia – competição global. “Temos que avaliar a utilização de cada veículo, adaptar ideias além do próprio design. E realizar um interior compatível, construir uma sala de estar.” Desafio: criar ambiente veicular onde as pessoas tenham prazer em interagir – e aí Ramos se alinha ao pensamento do VP de pesquisa e de engenharia avançada, Ken Washington: “Precisamos saber as necessidades de nossos clientes”. milhões de unidades no mundo todo. Re- novou seus Mini hatch e cabrio e, pormeio de comunicado, anunciou suas chegadas ao Brasil no segundo semestre. Tambémna segunda-feira foramanun- ciados o carro, o utilitário e a picape do ano: respectivamente HondaAccord, Volvo XC60 e Lincoln Navigator. No dia seguinte, pela manhã, 9 graus negativos na rua e, dentro do CoboHall, ha- via luzes e a temperatura eramorna, quase doméstica. Até que a Ford fez a apresenta- ção do cupê fastback Mustang Shelby GT 500, com motor V8 de 700 cv, que chega ao mercado da América do Norte no ano que vem: parece que a alegria que estava no ar foi apanhada comas mãos pelos que estavamem terra ao somda banda de rock local Flint Eastwood – uma grande farra em torno de um belo carro. FLAT ROCK Essa versão quente desse Ford histórico será produzida perto de Dearborn, emFlat Rock, em fábrica originalmente Ford, de 1972, e depois repassada para aMazda, que a ocupou até 2004. Nas suas linhas correm, hoje, as versões do próprio Mustang e as do Lincoln Continental. Ou seja: é planta acostumada comcer- to luxo e grandeza, com esportividade e classicismo – e com tecnologia avançada. Trabalha em dois turnos e seu ritmo atual de produção é de doze carros a cada 10 minutos, 1 mil 152 unidades por dia. Tem razoável nível de automação nas tarefas fabris básicas e a alta demanda mundial por Mustang garante o seu brilho e sua longa vida. O Shelby GT 500 será o mais potente carro Ford homologado para andar nas ruas: tem turbo superalimentado e o dobro da potência do primeiro Shelby, de 1967. Foi desenvolvido pela Ford Performance, divisão da companhia encarregada de ve- ículos de alto desempenho. Também no fim da tarde a Ford anun- ciou oficialmente o crescimento de seu investimento em pesquisa e desenvolvi- mento de veículos elétricos, para US$ 11 bilhões até 2022. No domingo Bill Ford, presidente do conselho da empresa, em seu discurso de apresentação, fizera rápida referência a essa nova atitude de investi- mento – que contrasta com os US$ 4,5 bilhões anunciados em 2015 para o pe- ríodo até 2020. Implica o lançamento de “quarenta modelos híbridos ou totalmente elétricos em nossa linha global”. Dezesseis desses novosmodelos serão totalmente elétricos e os outros híbridos plug-in. Umdeles será um utilitário espor- tivo para o qual a companhia pretende alto desempenho, o Mach 1. Do ponto de vista dos produtos a apre- sentação do Jeep Cherokee 2019 foi a sal- vação dos jornalistas nesse último dia do salão dedicado à imprensa: ganhou dian- teira nova, mais equilibrada. A FCA ainda negocia, internamente, a possibilidade de que seja exportado para o Brasil a partir do México – a mesma situação da Ram 1500, mostrada na segunda-feira. A única certeza é de que o novoWran- gler será lançado no País no segundo se- mestre. A c e r v o P e s s o a l

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