AD 341

9 AutoData | Fevereiro 2018 Por Vicente Alessi, filho vi@autodata.com.br MDIC e do Ministério da Fazenda pretendem para os cidadãos? A discussão envolveria técnicos liberais e neoliberais e o tamanho da intervenção do Estado na atividade econômica. DESIMPORTÂNCIA 2 O que falta, mesmo, são políticas duradouras de Estado para incentivar atividades econômicas. O que falta, mesmo, são lideranças setoriais que compreendam seus negócios e que sejam comprometidas com o futuro. É assim que se começa a compreender a atual e crescente desimportância da Fiesp e da CNI. ENTUSIASMO FORD Vice-presidente da Ford para pesquisa e engenharia avançada Ken Washington tem angariado simpatias e apoios na companhia, e obtido espaços na pesquisa sobre o futuro da mobilidade, o que, quase sempre, remete a veículos autônomos. A concorrência o respeita. Ele adotou um mantra, que lembra marketing antigo à primeira olhada: ouvir as necessidades dos clientes. Mas essa sua obsessão não tem nada de mercadológica: segundo ele as necessidades dos clientes refletem basicamente as mudanças e as oportunidades que estas criam visando a produtos novos – principalmente serviços focados nas pessoas. ENTUSIASMO FORD 2 “A questão, desafiante, é descobrir, e entender, como as pessoas utilizarão a mobilidade”, ele diz. O caminho do futuro passa, então, por compreender as sociedades e as suas relações, diferentes em cada país – aprender a apreender as diferenças e conhecimentos acumulados. Ken Washington está entusiasmado com as “grandes oportunidades” que a humanidade tem à frente. AH, O ROTA 2030 Em reunião no início do ano em Brasília, DF, ficou definido que haverá incentivo para a importação de veículos híbridos e elétricos. Esses modelos, independente de motorização, recolherão 7% de IPI – o mesmo dos veículos 1.0. Este era um dos temas de acalorado debate durante as reuniões para finalizar o projeto Rota 2030. Com a indefinição do anúncio do novo programa o incentivo para veículos de baixa emissão será feito por decreto. AH, O ROTA 2030 2 Mas a polêmica que atravessou as festas de fim de ano é outra: há quem aposte todas as fichas da mesa que o programa não irá para o ar, mesmo com os porta-vozes de MDIC e Fazenda jurando, de pé junto, que o programa é prioridade – depois de aprovada a reforma da Previdência, claro. Independente disso a Anfavea já elegeu a próxima prioridade da gestão de Antônio Megale: a unificação de normas e exigências técnicas dos veículos vendidos no Brasil e na Argentina. O próprio Megale se empenhará para que esse alinhamento aconteça, pois acredita que os outros países da região seguirão os mesmos passos. DESIMPORTÂNCIA Não é que a indústria simplesmente acabará, fechará suas portas, mas há quem preveja dias muito menos excitantes para o setor. Dois anos atrás surgiram na imprensa as primeiras manifestações sobre o processo de desindustrialização do País, marcada pela baixa nos investimentos, pela retração na participação dos empregos e do valor adicionado. Hoje há quem acredite, por exemplo, que a crise do Rota 2030 tem, como pano de fundo, uma discussão rigorosamente teórica: que País os burocratas do “Quando o governo central é fraco, sem programa de governabilidade, ficamos à mercê de decisões políticas que não necessariamente são positivas para o País”. De importante executivo do setor automotivo e observador privilegiado

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=