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12 FROM THE TOP » CARLOS ZARLENGA, GM Março 2018 | AutoData R ecentemente os puristas do setor automotivo nacio- nal levaram um choque: a quase centenária fachada do Portão 1 da General Motors na Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, SP, foi alterada. Sem aviso e cerimônia, a tradicionalíssima inscrição General Motors do Brasil que ladeava a entrada foi substitu- ída por General Motors Mercosul. Foi uma forma de mostrar ao público interno e externo que uma nova e inédita estrutura, que unifi- cou completamente as operações da fabricante no Brasil e na Argen- tina, havia nascido. O homem que mandou trocar a fachada foi o argentino Carlos Zarlenga, 44 anos, presidente da GM do Brasil desde setembro de 2016 e da GMMercosul a partir de janeiro de 2017, quando a nova es- trutura foi criada. Ele fez carreira na fabricante a partir da área de finanças, e pela GM já peregrinou em diversos mercados – até mes- mo no longínquo Uzbesquistão. Nesta entrevista exclusiva ele conta como funcionou o processo de integração no último ano, os novos investimentos da fabricante aqui, suas preocupações sobre o Rota 2030 e muito mais. Além de revelar, é claro, suas razões para mandar trocar a fachada. Entrevista a Leandro Alves, Márcio Stéfani, Marcos Rozen e S Stéfani O homem que trocou a fachada Que tipodeganhos essaunificaçãogerou para a GM? A vantagem de fazer isso é que toda a burocracia que ficava escondida, ten- tando se beneficiar de duas empresas separadas, desaparece. Então reduzimos custo, aceleramos a tomada de decisões e geramos oportunidades de trabalho mais interessantes para as pessoas. Além disso aumentou a compreensão regio- nal: muitos aqui no comitê executivo da GM já tinham responsabilidade pela Ar- gentina, mas isso acontecia por meio de uma pessoa que ficava lá. A partir disso alguns diziamque conheciamomercado argentino, mas depois que juntamos as operações eles se deram conta de que não conheciam. Várias coisas que acha- vamque eram iguais aqui e naArgentina descobriramque não, não eram, e a partir daí tudo passou a ficar super integrado, e eu acho que está funcionando bem. Nós sempre fazemos pesquisa de satisfação dos empregados, e eu estava umpouco preocupado com os resultados, pois foi Como funciona essa produção integrada da GM no Brasil e na Argentina? O que a gente fez foi criar uma estru- tura em torno da operação que já exis- tia, a produção em si já era integrada. A separação das operações de Brasil e Argentina era quase artificial. Como você consegue separar dois países onde vendemos praticamente os mesmos produtos? Hoje a complementarieda- de do nosso portfólio é de quase 99%, praticamente tudo que vendemos aqui vendemos lá. Na cadeia de fornecedo- res, temos empresas de lá atendendo plantas daqui e daqui atendendo fábri- cas lá. E geralmente são as mesmas empresas, globais, emesmo as regionais também, muitas vezes são as mesmas aqui e lá. Os consumidores igualmente são bem similares. As redes aqui e lá têm os mesmos problemas, a mesma necessidade de eficiência, de melhorar processos, de aprender uns com os ou- tros. Na realidade o que a gente fez foi formalizar o que já existia. Divulgação/GM

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