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14 FROM THE TOP » CARLOS ZARLENGA, GM Março 2018 | AutoData umamudança importante. Fizemos uma pesquisa no segundo semestre do ano passado, bons meses depois da inte- gração, e o resultado foi que cresceu a empolgação e a satisfação, ambos ex- pressivamente. Está sendomuito positivo. E precisava mexer na histórica fachada? Somos uma mesma empresa, ummes- mo negócio, estamos 100% juntos, e para isso temos que abrir mão de algumas coisas. Eles têm que abrir mão de se chamar GMArgentina, e aqui temos que abrir mão de nos chamar GM do Brasil. Não há nada de errado com a tradição e a experiência, elas estão aí e ninguém nunca vai tirar o que aconteceu. A GM Mercosul só é umcaminho para a frente, para criar uma nova tradição. Como funciona aGMMercosul emtermos geográficos para os cargos de direção? Ela independe do país. Pegamos onde estavam os talentos e pronto, tanto faz a localização. Selecionamos os melho- res: algumas áreas ficam na Argentina, outras aqui no Brasil, sempre atendendo a região inteira. O time de vendas, por exemplo, agora tem uma pessoa que é responsável peloMercosul e abaixo dela ficamoutras responsáveis por três áreas, com volumes semelhantes, cada uma comum responsável. Temos um time de inteligência, dividido em partes, sempre comos melhores, independente do país. O mesmo acontece em finanças e com as outras áreas. Em sua opinião como fica o Rota 2030? Acho que a previdência e o Rota são temas separados. O setor automotivo se beneficiou muito do Inovar-Auto, em tecnologia, crescimento, investimento. Negociamos umano inteiro, tendo a data certa de finalização do Inovar e umplano que chegava para o futuro emmãos, para depois disso acontecer uma mudança de opinião no final. Acho que isso não é bom. Não gera credibilidade para investir a longo prazo no Brasil. Nesse primeiro bimestre acontecerammuitas conversas com o governo nesse sentido, por meio daAnfavea oumesmo asmontadoras in- dividualmente, e eu espero sinceramente que exista um caminho para chegarmos a umacordo sobre o Rota 2030. Os inves- timentos que estão sendo feitos agora foram pensados para níveis eficiência energética que estão dentro deste plano, mas semsabermos quais serão asmetas, diante destas incertezas, coloca-se em dúvida o investimento da indústria. Esse é um setor que trabalha a longo prazo e precisa de normas claras. O Sr. acredita que o Rota possa sair, mas apenas parte por parte, em etapas, em lugar de um pacote completo? Acho que o que está sendo discutido até agora está bem fundamentado, temuma boa base, as conversas foram sólidas. Creio que como está deveria sair. De novo: se não sair é dar à indústria uma mensa- gem de incerteza, de que as regras não são claras no País para investir. Pode até ser que saia uma parte e não saia outra, mas eu diria que isso geraria ainda mais dúvidas, expectativas e incertezas para o futuro. O Sr. acaba de confirmar umnovo inves- timento da GM no Brasil. Essa questão do Rota 2030 pode afetar a credibilidade global a ponto de pensarmos que pode não haver mais GM do Brasil no futuro? Não, acho que isso é muito radical. Mas posso dizer claramente que quando há umplano de longo prazo, como é o Rota 2030, ele representa a base a partir da qual se investe. Sim, confirmamos agora um investimento gerado a partir desta expectativa do Rota 2030 (veja na pág. 56) . Mudar as regras nomeio do caminho nos “A incerteza sobre as metas de eficiência energética coloca em dúvida o investimento da indústria”
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