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18 FROM THE TOP » CARLOS ZARLENGA, GM Março 2018 | AutoData foco da GM. Não sou eu quem diz isso, é a Mary [Mary Barra, CEO global]. Acho que muito disto está ligado ao trabalho que fizemos durante a crise. Se estivés- semos hoje fora do ponto de equilíbrio, sem melhorar a rentabilidade, não sei se a resposta seria a mesma. Aliás, nem deveria ser: estamos em um negócio no qual o investimento deve gerar retorno para os acionistas. Mas da forma que es- tamos, comperspectiva de crescimento somada aos investimentos, entendo que dificilmente você vai achar ummomento da GMno passadomelhor do que o atual. A GM quer estar na frente em conectivi- dade na região. Quais os planos? Fomos os primeiros com o MyLink e depois somamos o OnStar. E teremos ainda mais, itens revolucionários nesse mercado, coisas que o cliente não espera, especialmente em carros de entrada. A GM tem uma visão global de três zeros: zero emissões, zero acidente e zero con- gestionamentos. Aomesmo tempo a GM está desenvolvendo sua marca de car sharing, a Maven, que vamos expandir no Brasil e naArgentina, porque achamos que há uma necessidade importante, e conseguiremos fazer isso porque temos o OnStar. Até se consegue fazer semele, mas da forma que resolvemos tecnolo- gicamente ele é muito útil, muito bom para o cliente. Queremos liderar o com- partilhamento no mundo inteiro, não só nos Estados Unidos, e também liderar a eletrificação na América do Sul e no Mercosul. A GM está vendo uma mudança radical no modelo de negócio? Se olharmos para os próximos dez, quin- ze anos, acho que haverá umamudança importante. O segmento de serviços de transporte será uma parte do DNA da GM, sem dúvida. Vocês têm uma visão clara do que vem pela frente, incluindo os autônomos? O modelo exato de negócio do mundo autônomo eu não sei. Ainda haverámuito teste, temos muita coisa para aprender e absorver até este momento. O impor- tante é que para entender o modelo de negócio domundo do carro autônomo a primeira coisa necessária é ter um carro autônomo. E a GM terá um, comercial- mente viável, na rua, no ano que vem. Ele agora está saindo da linha de produção, não está sendo feito artesanalmente. A quantidade de informações que gera- mos diariamente por meio dos testes que fazemos quase ninguém tem. Há muita gente falando ‘vai ser assimvai ser assado’, mas eles se esquecem de um pormenor: a tecnologia não é simples. Ela é muito difícil, está longe de ser um commodity. A evolução é passo a pas- so, mas vamos chegar aomercado bem antes do que outros. “A primeira coisa necessária para entender o modelo de negócio do carro autônomo é produzir um carro autônomo”

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