AD 342
24 Março 2018 | AutoData FORNECEDORES » VAI FALTAR PEÇA? “Há montadoras otimistas, mas o mercado tem uma certa limitação” Marcos Zavanella, da Schaeffler “Quem dependia exclusivamente do OEM sofreu muito” Gilberto Heinzelmann, da Zen Omesmo conceito foi repetido na uni- dade de Betim, MG, e segundo o executi- vo “nunca tivemos tão poucos problemas de peças como agora”. Ele acredita que eventuais gargalos atualmente estão con- trolados e alguma dificuldade adicional pode ocorrer um pouco mais à frente, em dois a três anos. “Trabalhando bem comos fornecedores, vamos conseguir. Se houver problema será algo relacionado a uma má gestão.” DO LADO DE LÁ Do outro lado os fornecedores demons- tram, sim, certa cautela, mas a amplamaio- ria garante que têm como acompanhar o aumento da demanda, cada uma a seu modo. Mas, damesma forma, revelamsuas preocupações com elos mais abaixo da cadeia, a partir dos Tier 3, que consideram fragilizados. Marcos Antonio Zavanella, presidente e CEO da Schaeffler América do Sul, revela que 2017 surpreendeu positivamente ao fechar em alta de 15% na produção. Para 2018 a empresa trabalha comelevação de um dígito no índice produtivo, o que não preocupa o executivo: “Realmente algumas montadoras pre- veem crescer além da média, mas isso deve ser compensado por redução em outras. Se somarmos todas as projeções das empresas mais otimistas a conta não fecha, fica umbolomaior que 100%. Omer- cado temuma certa limitação pra crescer”. Ele conta que neste primeiro bimestre a produção já roda acima deste um dígito, “o que é bom, ajuda a usar a capacidade da fábrica, reduzindo os custos totais” – em algumas áreas a Schaeffler está trabalhan- do em dois turnos e outras em três. No ano passado, inclusive, contratou duzentos funcionários para a produção. Ele confirma que a parte de baixo da cadeia “está fragilizada, com saúde finan- ceira complicada. Há sinais de que algumas empresas não estão conseguindo se sus- tentar, atrasando impostos e salários”. Para ele “de alguma maneira elas têm que ser ajudadas, pois a maior preocupação atual é o quanto a cadeia conseguirá sustentar o crescimento”. O presidente lembra que diversas em- presas têm que arcar com matéria-prima e salários antes de receber o pagamento por suas peças fornecidas, o que complica o fluxo de caixa especialmente daque- las que não são de perfil multinacional. “Já auxiliamos algumas em situação mais complicada, antecipando pagamentos e até arcando com as compras de matéria- -prima.” Já Gilberto Heinzelmann, presidente da Zen, argumenta que a empresa tem boa margemde manobra em suas opera- ções OEM, reposição e de exportações, o que ajuda a “acertar as velas para navegar com qualquer vento”. No ano passado sua produção cresceu 15% e para este ano a projeção é ainda mais forte, 25%. “Pode parecer número extremamente otimista, mas a base é baixa”, justifica. A Zen fechou o terceiro turno em 2016 e ini- ciou sua reativação na segundametade do ano passado, emparte para atender novos contratos de exportação, em particular para o México. O executivo explica que a empresa é bastante verticalizada, o que reduz sua dependência de elos abaixo de si na ca- Divulgação/Schaeffler Divulgação/Zen
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