AD 342
26 Março 2018 | AutoData FORNECEDORES » VAI FALTAR PEÇA? “O apoio da matriz na crise nos deixou agora em posição privilegiada” Jürgen Kneissler, da Cooper Standard “Consideramos bastante otimista a atual projeção da Anfavea” Célio Takata, da NGK deia. Mas para ele ”quem dependia exclu- sivamente de fornecimento OEM sofreu muito, há um stress financeiro em vários elos. As montadoras terão muito trabalho pela frente para acertar tudo”. DIVINA PASTORA Quem também está trabalhando com projeção de dois dígitos para 2018 é a Cooper Standard, de acordo com Jürgen Kneissler, seu diretor geral para a América do Sul: de 20% a 25% sobre 2017, que já foi 15% melhor que 2016. A empresa hoje opera em sua maio- ria em dois turnos, mas algumas áreas já avançaram ao terceiro. O executivo considera que a empresa está em “situação privilegiada”, pois con- tou com auxílio da matriz estadunidense durante a crise, o que a deixou pronta para a reação que está acontecendo agora. “Se for necessário podemos crescer aindamais este ano.” A Cooper Standard decidiu formalizar agora plano de investimento que passou os últimos dois anos em banho-maria, e a partir de abril vai montar nova unidade produtiva no município de Divina Pastora, no Estado de Sergipe, para atender a FCA emGoiana, PE. “Vamos produzir lá, já está decidido.”Aprodução começa no segundo semestre, mas Kneissler salienta que a iniciativa temmais relação com estratégia logística do que coma reação demercado propriamente dita. Por sua vez CélioTakata, diretor deVen- das OEM da NGK do Brasil, conta que a empresa estava bem pessimista quanto a 2017. Esperava-se queda ante 2016, mas o segundo semestre ajudou e o resultado acabou em empate, ajudado por exporta- ções. Para 2018 a empresa acompanha a previsão da Anfavea, ou seja, na casa de 13%, ainda que o executivo considere este índice como “bastante otimista”. Ele justifica esta posição explicando que há fatores para este ano que precisam ser ponderados no que se refere às projeções de venda, como copa do mundo de fute- bol e eleições. “Omercado ainda não está muito equilibrado.” Pela característica técnica do sistema de produção de velas, principal produto da NGK, a empresa opera sempre emdois turnos – não pode reduzir para um mas também não pode crescer para três. Isso não impede, entretanto, um au- mento do fornecimento, explica Takata. Durante a crise a NGK se segurou bem exportando para outras unidades ao redor do mundo e agora, caso necessário, pode negociar com a matriz japonesa um novo desenho produtivo local que privilegie o próprio abastecimento do mercado in- terno. Esse apoio do matriz, inclusive, foi fun- damental para a empresa nos últimos dois anos, nos quais não só manteve investi- mentos como chegou a contratar pessoal, ainda que emnúmeros não revelados pelo executivo. Já está confirmada, inclusive, uma nova nacionalização: velas de igniçãomais modernas e duráveis que a empresa im- portava do Japão serão produzidas em Mogi das Cruzes, SP, ainda este ano. “Nos preparamos para aumento da capacidade não só para este ano, mas inclusive mais à frente, 2020, 2021, como parte de ciclo de investimentos iniciado em 2016.” Divulgação/Cooper Standard Divulgação/NGK
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=