AD 342

35 AutoData | Março 2018 nos não é um projeto global da FCA, mas um veículo desenvolvido pela e para a região, especialmente Brasil e Argentina. Segundo Ketter dois terços da produ- ção será exportada, sendo o Brasil o prin- cipal destino. Ou seja, a expectativa mais otimista é que até cinquenta mil unidades sejamvendidas por aqui, enquanto outras trintamil teriamcomo destino os mercados relevantes para a FCA na região. Ainda, porém, é cedo para avaliar o desempenho do sedã, dizem os executivos da FCA, que preferem olhar com cautela um possível sucesso do Cronos na Colômbia, Chile, Uruguai, Peru e outros vizinhos que even- tualmente recebam o lançamento – a FCA não detalhou, por enquanto, toda sua es- tratégia de exportação. “Foi um carro pensado para os perfis do consumidor da região, então acreditamos na boa aceitação por parte deles, que têm preferências muito semelhantes”. De acor- do com as contas de Ketter quarenta mil unidades devem ser vendidas somente na Argentina. Durante a inauguração oficial da fábri- ca, no início de fevereiro – a FCA já havia iniciado a produção em janeiro para abas- tecer os concessionários – o presidente da república local ressaltou a importância de umveículo produzido exclusivamente em seu país: “Cada vez que encontrarmos um Fiat Cronos vamos lembrar que ele só é feito na Argentina. Isso significa que não exportamos apenas matéria-prima, mas produtos de alto valor agregado”. Ele também sinalizou novos investi- mentos FCAnaArgentina, apesar de Ketter despistar quando questionado sobre o assunto. “Espero voltar aqui em três me- ses para discutir um novo projeto”, disse o mandatário argentino em seu discurso. Considerando que a fábrica de Córdo- ba tem capacidade para produzir 250 mil unidades/ano e os recentes investimentos que trouxeram o mesmo padrão de pro- dução da FCA na região, um novo projeto ali, de fato, não seria um disparate. Há também um projeto do governo argentino para aumentar os empregos e a industrialização do país que está ampara- dores globais que trabalham com a gen- te em Pernambuco.” Vinte fornecedores, incluindo os quatro novatos, estão em Córdoba. No total, 53% do conteúdo do Cronos é feito na Argentina – esse índice subirá rapidamente a 55%, segundo Ketter. De 5% a 10% das peças são importadas e o restante vem de outros países da América Latina, prioritariamente do Brasil. A unidade produtiva recebeu ainda nova linha de montagem final e de testes para a transmissão automática, maior au- tomação de todas as etapas da fabricação, um sistema de aplicação automática de adesivos e novas áreas de validação da qualidade do produto. “Temos agora a me- lhor tecnologia de manufatura disponível, o pessoal da fábrica ainda mais motivado e preparado e parceiros que garantirão o sucesso do Cronos”, acredita Ketter. A fábrica de Córdoba tem capacidade para produzir 120 mil unidades em doze meses. É importante esclarecer que o Cro-

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=