AD 342

49 AutoData | Março 2018 aindamais custos e processos burocráticos e, até, quem sabe, por pensar em retomar o negócio um dia. A associação então isolou os CNPJs que passaram pelo menos seis meses sem emitir uma única nota fiscal de venda de veículo 0 KM. E então neste período os 7 mil 330 viraram 6 mil 56, incluindo aí os CNPJs criados para novas casas. O impacto destes fechamentos no mercado de trabalho foi brutal, atesta a Fenabrave. Por suas contas foram corta- dos nestes três anos 169,5 mil empregos na rede de concessionárias, considerados nesse cálculo as vagas perdidas pelas ca- sas que deixaram de funcionar e também as que enxugaram seus quadros, mesmo mantendo as portas abertas. FORA DA UTI Mas esse cenário, ao que tudo indica, ficou para trás. Para AlaricoAssumpção Jr. , “2015 e 2016 representaramo piormomento vivido pelo setor automotivo, sem prece- dente. O último trimestre de 2017 apontou alguma recuperação, porém lamentavel- mente voltamos dez anos em volume”. Ou, em linguagemcoloquial, “o setor da Divulgação/Fenabrave Projeções de mercado da Fenabrave para 2018 2 088 762 +12.6% 341 861 2 430 653 72 939 +8,1% +11,9% +8,6% 57 025 +9,5% 15 914 +5,4% 27 598 906 254 +7,8% +6,5% Automóveis Comerciais leves Automóveis + comerciais leves Caminhões + ônibus Caminhões Ônibus Implementos rodoviários Motos 3 437 444 +10,3% Total geral Em unidades. Fonte: Fenabrave distribuição ainda está internado mas saiu da UTI e se recupera no quarto. Já parou de tomar só sopa e agora vai passar para carne assada”. As projeções da Fenabrave são otimistas e indicam vendas em 2018 cerca de 10% acima do ano passado, considerando amé- dia de todos os segmentos da distribuição (veja quadro completo acima) . Assumpção Jr. considera que o cenário econômico à frente justifica as projeções, e garante que “o que vende carro é juro barato e o que vende caminhão é PIB”. No primeiro item ele elenca a queda da Selic, as atuais taxas de inadimplên- cia em patamar controlado e um provável maior apetite dos bancos por aumentar suas carteiras do segmento como fatores fundamentais. “Os bancos ganhavamcom a inflação, e como ela agora está baixa as instituições deverão ter maior disposição para financiar mais clientes.” E no segundo ele usa como referência a própria previsão da assessoria econômica da Fenabrave, que aponta elevação de 3,5% no PIB para este ano. Além do bom cenário do primeiro bi- mestre, que fechou em alta de 19,5% nas