AD 342

50 Março 2018 | AutoData MERCADO » CONCESSIONÁRIAS vendas – 18,6% nos leves e 58% nos pe- sados, segundo a própria Fenabrave –, o presidente da entidade também aponta outro índice promissor: no último semestre de 2017 o segmento da distribuição con- tratou quatro mil pessoas. “Ainda estamos muito longe de recuperar o que foi perdido, mas é um dado muito positivo para quem até o período anterior estava demitindo.” No que se refere ao tamanho da rede Assumpção Jr. entende que o número de casas de hoje é suficiente para cobrir o que se espera deste ano. “Vamos levar ainda alguns anos para buscar a base que per- demos. Precisamos de mais consistência, o que ainda não temos. Não há como recu- perar tudo que perdemos emumsemestre ou um ano: é muito pouco tempo.” Ou seja: ao que tudo indica, nada de novas casas no curto prazo. “A rede atual está no tamanho do volume projetado para 2018. Novas concessões só com volume maior, o que deve ocorrer por volta de 2021 ou 2022.” MESMO TAMANHO EM NOVAS MÃOS Isso não significa necessariamente que o perfil da rede deverá permanecer imóvel. Para o presidente da Fenabrave o processo de compra e venda de concessões deve prosseguir, ainda que os tempos para as vendas aparentemente estejam bemme- lhores. “Ocorreramalgunsmovimentos nomer- cado nos últimos anos, houve grupo que comprou grupo, troca de titularidade etc., mas isso é natural da atividade, não foram iniciativas ligadas diretamente à crise.” Para ele, inclusive, a questão de tama- nho ou porte não está automaticamente correlacionada a questões financeiras do negócio de vender carros, caminhões e afins: “Não há uma padronização: não é porque o concessionário é pequeno ou grande que ele estámal ou bemem termos de capitalização”. Segundo a entidade 90% da rede bra- sileira de concessionários ainda é formada por empresas de capital nacional, origina- das a partir de negócios familiares, ainda que parte já esteja profissionalizada. Osmovimentos demudanças demãos, assim, devem continuar: “Há espaço para os grandes grupos cresceremmais. Quem tiver interesse emvender terá gente interes- sada emcomprar, independente da razão: pode ser dificuldade financeira, falta de um sucessor... mas esse processo é natural”, insiste o dirigente. “Por exemplo: se você tem cinco concessionárias que vendem vinte unidades cada ao mês, a tendência é que um ou dois grupos assumam esse negócio. É do processo, não uma decor- rência da crise.” O dirigente ainda faz questão de aplau- dir o segmento de pesados, compreen- dendo caminhões, ônibus e maquinário agrícola. “Semdesmerecer o trabalho feito na área de leves a evolução na distribuição de pesados é invejável. O trabalho emqua- lificação de pessoal foi muito forte, houve umnovo olhar para este ponto e uma forte profissionalização. Talento faz diferença, e nesse pontomuita coisa foi feita e efetivada.” Independente dasmãos que controlam as casas o que parece não sofrer abalo é a velha máxima de que um bom relacio- namento com a rede é a primeira e funda- mental receita de sucesso paramontadora que deseje bons números de venda. “O que vende carro é juro barato e o que vende caminhão é PIB” Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave “O fato de uma fábrica que nutre bom relacionamento com a rede obter números expressivos de venda não é uma mera coincidência” Daniel Kelemen, presidente da Abrahy

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