AD 342

52 Março 2018 | AutoData MERCADO » CONCESSIONÁRIAS trolados por oitenta grupos econômicos. O presidente daAbrahy não vêmuito espaço para incremento no número de casas em 2018 – emcompensação nenhuma loja foi fechada nos últimos dois anos. No que se refere à relação coma fábrica Daniel Kelemen a define como “muito boa”. Segundo ele “qualquer mudança sempre é discutida. O diálogo é aberto e parte sempre do princípio que as questões de um lado afetam o outro, independente de qual seja”. Um bom exemplo deste vínculo amis- toso foi o último encontro da Abrahy – o evento é realizado a cada dois anos. Em 2017 foi sediado em Cancún, no México, e durou quatro dias, atravessando feriado no Brasil, 15 de novembro: não só houve 97% de adesão da rede como participarampela Hyundai Motor Brasil o próprio presidente da fabricante e seu diretor de vendas. Ele sacramenta que “não é coincidência” a conexão do bom relacionamento junto à fábrica com os excelentes números de venda dos Hyundai nacionais – o HB20 ha- tch, mesmo cinco anos após o lançamento, terminou o ano passado comovice-líder no ranking dosmodelosmais vendidos do País em 2017, atrás apenas do Chevrolet Onix. O Creta ficou na nona posição, à frente de concorrentes diretos comoJeep Renegade, Nissan Kicks e Ford EcoSport. Alarico Assumpção Jr., da Fenabrave, também acredita na importância desta re- lação e entende que a maioria das redes no País mantém relações saudáveis com suas respectivas marcas. “Mesmo durante o pior momento da crise a maior parte das associações preservou comportamento extremamente respeitoso com sua fábrica. Muitas andaramde mãos dadas, sem atri- tos. Claro que existemmarcas que tiveram mais dificuldades do que outras e foram mais afetadas. Mas, demaneira geral, gran- de parte se comportou bemem termos de relacionamento.” ERRADO E IMORAL Um ponto clássico no que diz respeito a atritos de redes com suas fábricas é o das vendas diretas, que, segundo a pró- pria Fenabrave, fecharam2017 empatamar de quase 40% dos números totais de co- mercialização de automóveis e comerciais leves. Este resultado foi quatro pontos por- centuais acima de 2016 e onze além do registrado em 2015 e 2014. Sobre este forte aumento do índice o presidente da Fenabrave argumenta que “não foram as vendas diretas que subiram mas sim o varejo que caiu” – o que, natu- ralmente, em seu entendimento, gerou elevação estatística da comercialização via direta perante o bolo total. De qualquer forma Assumpção Jr. não minimiza a situação e avisa que “a Fena- brave não é contra a venda direta, mas sim contra a forma com que é feita: o que consideramos errado e imoral é o preço praticado. Temos um contrato comercial que deve ser respeitado. Nós somos filhos legítimos das fábricas, e não se pode ven- der umcarromais barato para o vizinho do que para seu próprio filho”. Houve avanços, afirma, como proces- so de autorregulamentação assinado em conjunto com a Anfavea e o Confaz, Con- selho Nacional de Política Fazendária. Se- gundo a Fenabrave emdezesseis Estados da Federação frotista que antecipar em doze meses a venda do veículo adquirido por modalidade direta têm de arcar com pagamento dos impostos respectivos a este período. Mas o presidente da associação confir- ma que ainda há o que fazer a este respeito, inclusive nas próprias relações fábrica-rede. “As associações de marca também têm sua responsabilidade. Várias ainda não dispõem de convenções tratando deste capítulo, e deveriam trabalhar no tema. As que dispõem e dela fazem uso não têm problemas com isso.” Apesar deste cenário e ao que tudo indica, respeitando a lógica da Fenabra- ve, a tendência é de redução ao menos estatística das vendas diretas em 2018, considerando-se que ovarejo deve crescer, invertendo, assim, a curva de participação de cada modalidade no geral domercado interno. Divulgação/Abrahy

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