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29 AutoData | Junho 2018 Por Leandro Alves, de Hannover, Alemanha Os avanços da transformação digital estão ocorrendo em ambientes virtuais altamente colaborativos, em que todos participam ao mesmo tempo do desenvolvimento da indústria quando os primeiros sistemas eletrôni- cos de informática foram introduzidos na indústria, no início dos anos 90, dando o pontapé inicial para a transformação que testemunhamos agora. GÊMEO DIGITAL, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Tudo isso ocorre na nuvem, ambiente digital destacado por centenas de empre- sas na Hannover Messe. Esse é o ponto de encontro de novos conceitos como IoT, a internet das coisas, big data, gêmeo digital, inteligência artificial e o escritório virtual compartilhado por volume sem-fim de empresas e especialistas que traba- lham, todos juntos e ao mesmo tempo, na construção de um universo colaborativo, com o único objetivo de criar soluções rápidas, eficientes, seguras e de baixo custo. Essa é a indústria digital que na Hanno- ver Messe deixou uma mensagem clara: o momento de aplicar suas soluções nas operações de fabricantes de veículos, sis- temistas, geradoras de energia, indústria naval, aeronáutica, química, na agricultura, mineração e até em um campo de futebol é agora. Já. Os custos e desafios para a transição digital não são poucos, mas também o são igualmente os benefícios. As cifras são estimadas em bilhões de dólares, tanto para introdução da Indústria 4.0 quanto na eficiência e redução de custos. É complexo visualizar tamanha trans- formação, mas talvez o gramado do es- tádio Allianz Arena, do clube Bayern, de Munique, Alemanha, possa servir de bom A s infinitas possibilidades de utiliza- ção de tecnologias e soluções no que é chamado Indústria 4.0 pode, involuntariamente, bagunçar o ra- ciocínio cartesiano do mundo automoti- vo, que nasceu à guisa das tecnologias mecânicas e não digitais. De certa forma essa revolução que toma conta de todos os departamentos da indústria automotiva mundial é novidade. Os próprios criadores das maravilhosas soluções para a Indústria 4.0 não são capa- zes de reunir emuma única resposta como se dará a utilização de tantas tecnologias e novos processos ao mesmo tempo, e agora, em toda a cadeia automotiva. O céu é o limite! Esse ambiente foi sentido claramente nos imensos pavilhões da Hannover Mes- se, a maior feira de tecnologia industrial do mundo, realizada em abril: o local estava impregnado pelo otimismo em trazer à realidade tamanha transformação, que poderá mudar para sempre e para melhor o desenvolvimento, a manufatura, a forma de consumir e a utilização de diversos produtos – e não só veículos. Estamos vivendo os primeiros minutos dessa nova era 4.0. Nos últimos cinco anos do desenvolvimento desse conceito as transformações ocorreram tão rápido – para os padrões da indústria automotiva – que diariamente são coletados e anali- sados 50 milhões de dados, que rapida- mente se transformam em melhorias na produtividade ou em tecnologia que re- solverá problema até então insolúvel. Essa quantidade de informação era impensável

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