AD 345
61 AutoData | Junho 2018 Ele acrescenta que “a América Latina continua a ser uma região estratégica para a Bosch, e nosso desempenho positivo reforça isso”. Neste ano a Bosch prevê investimentos de R$ 130 milhões em suas operações na região, emespecial para modernização de linhas de montagem. Além disso terá um novo escritório de vendas no Paraguai – a empresa já conta comoperações, alémdo Brasil, na Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela. Em um âmbito global o grande desafio da Bosch é preparar os motores a diesel para as novas normas de emissão na Europa, muito mais rígidas. Uma solução foi apresentada nas últimas semanas: um veículo movido a motor diesel com emissões equivalentes a um décimo dos propulsores atuais. Besaliel Botelho, presidente da Robert Bosch América Latina, acredita que o motor diesel ainda terá seu espaço na indústria, mesmo com as soluções elétricas, híbridas e de células de hidrogênio encaminhadas. O executivo entende que a discussão sairá do escapamento para toda a cadeia de produção de eletricidade – em alguns países com produção de energia a carvão as emissões dos elétricos, quando se considera todo o sistema, poderão inclusive superar as dos motores diesel. Para o executivo o Brasil deveria desempenhar papel à parte nessa discussão: embora admita que os híbridos e elétricos possivelmente terão presença maior no País, especialmente se contemplados com benefícios particulares dentro do Rota 2030, o etanol, afirma, merece papel mais relevante em nossa matriz energética. Revolução para o diesel Divulgação/Bosch Receita no ano passado cresceu 7% ante 2016. E para este ano a projeção é manter o mesmo ritmo. No ano passado a empresa investiu ao todo mais de R$ 308 milhões só no Brasil, sendo R$ 127 milhões em modernização das linhas e estrutura, desenvolvimento de portfólio e Indústria 4.0, R$ 162 milhões em P&D, R$ 16 milhões em projetos ambien- tais e R$ 3,8 milhões em projetos sociais, culturais e educacionais. Segundo o presidente da Bosch as fá- bricas passaram por muitos ajustes nos últimos anos. A força de trabalho foi redu- zida em 1,6 mil pessoas – hoje emprega 8,3 mil funcionários no Brasil e dez mil na América Latina. “Aumentamos a produtividade, mu- damos o portfólio e buscamos novos negócios em outros segmentos, como o agronegócio. Mas mesmo na recessão investimos aproximadamente R$ 100 mi- lhões por ano”. Para 2018 a expectativa é manter o quadro estável.
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