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9 AutoData | Junho 2018 Por Vicente Alessi, filho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br Divulgação/FCA CRAVATTA PER TUTTI Nada como gerar lucro para incentivar uma certa elegância incensada com olores de formalidade. Pois foi o que aconteceu outro dia, na sexta-feira, 1º de junho, em Balocco, perto de Milão, quando um raro Sergio Marchionne engravatado - por ninguém menos que John Elkann, neto de Gianni Agnelli -, anunciou bons resultados da FCA: “É por isto a importância da gravata hoje, pois desde 2007 eu não conseguia entregar os ótimos resultados que tivemos agora, e que teremos num futuro robusto como projetamos nesse novo plano até 2022”. Ele estava satisfeitíssimo, pois “desde 2004 não vejo uma posição tão boa. Talvez tenha que buscar na história da Fiat, no século passado, uma situação tão robusta quanto a que vivemos hoje”. CRAVATTA PER TUTTI 2 Veja o que ele disse sobre o projeto Rota 2030: “Se não for aprovado influenciará todas as marcas, e teremos, todos, que adotar estratégia baseada em outros parâmetros, como optar pela eletrificação. Mas temos que aproveitar os potenciais da região, como o etanol, o flexfuel. (...) Se não for aprovado, o que seria um erro enorme, teremos um grande prejuízo para o meio ambiente”. OS GM VÊM É DA CHINA A indústria local de veículos, a par de suas reconhecidas virtudes, vive a enfatizar o caráter local de seus desenvolvimentos, a presença, e a liderança, de centenas de engenheiros verde-amarelos em posições decisivas em projetos globais, seus fabulosos investimentos nessa área. Vive a apoiar projetos tipo Inovar Auto e Rota 2030 e a esperar que contenham muita verba para P&D do inglês R&D. Mas no caso da General Motors na aparência a companhia decidiu inovar, mesmo que esse tipo de inovação não conste de seus press releases: decidiu reduzir ao mínimo sua área de engenharia baseada em São Caetano do Sul, SP. OS GM VÊM É DA CHINA 2 Assim o futuro mostrará, no Brasil, veículos desenvolvidos basicamente na... China. Dizem os corredores, e também os demitidos, que poucos engenheiros são dispensados toda semana “pra não dar muito na vista”. É gente com muito tempo de empresa, geralmente pessoal forjado internamente e que não deverá ser reposto pois as vagas foram extintas: permanecerá pequeno contingente necessário para o andamento daquilo que vem por aí.
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