AD 346
52 Julho 2018 | AutoData CENÁRIOS » SISTEMISTAS sociação divide os resultados por fatias de atuação do mercado, sendo que uma de- las representa as vendas de fornecedores para outros fornecedores, o que na prática significa as negociações envolvendo as compras dos sistemistas. Aqui os negócios cresceram 20% no ano passado com relação a 2016, um dos melhores índices de evolução, perdendo apenas dos negócios para as montadoras, com aumento de 33% no mesmo compa- rativo, e batendo por boa margem a expor- tação em dólares, com 13% de avanço no período, e na reposição, com 9%. Mesmo assim no bolo total a participação ainda é muito pequena, representando apenas 3,5% dos negócios ante os 62% de vendas para montadoras, 19% para exportação e 15,5% para reposição, sempre de acordo com o Sindipeças. Cabe a lembrança, po- rém, que o item commaior índice envolve tanto a venda de sistemas quanto de peças isoladas para as montadoras. O QUE RESERVA O FUTURO Ainda que Bosch, Continental e outras também desenvolvam e até já produzam sistemas para veículos tecnologicamente mais avançados como os elétricos e autô- nomos, nada garante que sua participação será maior emum futuro dentro do cenário produtivo de veículos – e nada garante também que será menor. O que parece extremamente claro é que ela vai mudar mas ninguém sabe para qual lado. “O formato de hoje da atuação dos sis- temistas já chegou ao limite”, acredita Ge- orge Rugitsky, conselheiro do Sindipeças. “Estamos nomeio de uma transição. Oveí- culo de 2025 já está sendo desenvolvido e ele será outro, com um número menor de peças, extraordinariamente simplificado.” O que quer dizer que existem aparen- temente dois caminhos muito bem deter- minados à frente, diametralmente opostos: de um lado retorno ao esquema de Ford, com as montadoras trazendo tudo para dentro de casa, e do outro o de Lopez, com a produção totalmente terceirizada. Fato é que, diz o conselheiro, “a realida- de que temos hoje da relação montadora- -sistemista será colocada à prova pelas mudanças que virão. As soluções serão muito diversas, cada um vai escolher um caminho. Alguns serão vencedores e ou- tros perdedores”. O que aponta na direção de Ford é que como o veículo será mais simples e com um número muito menor de peças trazer a produção destas para dentro seria mais fácil e, principalmente, mais controlável em especial no que se refere ao desen- INTRINCADA REDE Sistemas automotivos como estes em montagem dependem de uma série de interconexões de empresas que nem sempre fazem negócios juntas por vontade própria Divulgação/SAS
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