AD 346
54 Julho 2018 | AutoData CENÁRIOS » SISTEMISTAS verem as tecnologias e tomarem para si encrencas produtivas, que não deverão ser exatamente poucas. E aqui, de forma muito interessante, a lógica dos rendimen- tos ligados à mobilidade como um todo e não mais apenas sobre a venda do veículo também se encaixa bem. AS ENCRENCAS DE HOJE Outro tema que parece claro para o fu- turo é que atualmente a cadeia de forneci- mento dos sistemistas ficou tão intrincada que, feito um desafio de dominó, quando um cai todos são derrubados: algo aqui precisará ser ajustado. Um caso muito comum atualmente é a montadora solicitar aumento de pedidos para umsistemista e receber umnão como resposta porque um subfornecedor desta, que a própria montadora contratou, nego- ciou preço e capacidade, não consegue atender à nova demanda. E aí a culpa é da sistemista ou da montadora? Depende do tipo de acordomas, neste caso específico, é sim da própria montadora. Lógicas tão difíceis quanto semelhantes estão ligadas a problemas de qualidade, especialmente os que exigem recalls, e aumentos de preços. Geralmente ninguém quer pagar a conta, especialmente quando há quatro, cinco, seis pessoas sentadas à mesa para tratar do tema. É um emaranhado tamanho de for- necedores até o destino final dentro da montadora, que por sua vez está presente como negociadora emvárias etapas inter- mediárias, que administrar os meandros dentro do processo está cada vez mais complexo e delicado. E como o nível de exigência cresce cada vez mais nem sem- pre todos os elos conseguem suportar a pressão – e quando um cai, todos caem. Por essas e outras “haverá certamente uma redefinição do papel dos sistemistas a partir da produção emmassa de elétricos”, crava Rugitsky. Resta descobrir quem terá mais força – os discípulos de Ford ou os de Lopez. Distribuição do faturamento dos fornecedores por segmento De fornecedores para sistemistas Para exportação Para montadoras Para reposição 3,5 19 62 15,5 volvimento de uma nova tecnologia, ainda não tão dominada quanto é a do motor a combustão. Além disso o que se vê à frente são rendimentos ligados à mobili- dade como um todo e não apenas mais ao veículo em si, e assim ter o controle total do processo pode ser mais interessante mesmo que provavelmente mais custoso. E o que puxa para o lado de Lopez é a facilidade dos sistemistas desenvol- Fonte: Sindipeças
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