AD 349
103 AutoData | Outubro 2018 Divulgação/VWCO As vendas de caminhões e ônibus somadas deverão encerrar 2018 em alta de 25%. Com isso no ano que vem a base comparativa será mais alta, mas o crescimento em dois dígitos tende a prosseguir. N inguém sofreu mais com a crise instaurada a partir de 2014 do que o segmento de caminhões. No ano passado o número de emplaca- mentos chegou a ser 70% menor do que o registrado no melhor ano da história, 2011, quando foram licenciadas 173 mil unidades. Um início de reação foi visto no se- gundo semestre do ano passado, que se confirmou plenamente neste ano. Apesar da greve dos caminhoneiros o primeiro semestre terminou com o emplacamento de 32 mil unidades, elevação de 49% ante a primeira metade de 2017. A confirmação do Plano Safra 2018-2019, e sua injeção de R$ 194,3 bilhões para financiar a es- trutura de plantio, animou mais ainda as fabricantes. Até agosto, considerando todos os seg- mentos, as vendas de caminhões cresce- ram 49,5% e a produção saltou 31,7%. Mas para o ano que vem, nebuloso devido ao cenário eleitoral e a crise na Argentina, as projeções das fabricantes não são tão otimistas assim – até porque, diferente de 2017, a base comparativa de 2018 será bem mais alta. Algumas fabricantes de caminhões esperam ver em 2019 um processo de renovação de frota pelos grandes trans- portadores. AVWCO, do Grupo Traton, é a mais otimista das empresas com relação ao acontecimento breve de uma onda de compra de veículos. Roberto Cortes, CEO, diz que a si- tuação atingiu limite tal que os frotistas estão pressionados para comprar novos caminhões porque a desvalorização dos ativos chegou a um ponto crítico: “Quem temmodelo de negócio baseado no ativo comprará veículos já em 2019, porque as frotas estão velhas a ponto de refletir em suas operações”. Ford e Iveco seguem a mesma linha, mas com uma expectativa em torno da concretização da renovação de frota no médio prazo, a depender do resultado das eleições. Outro vetor de negócios apontado pe- las empresas é o retorno de alguns setores da inatividade, especificamente a área da construção civil. Para a Mercedes-Benz com a posse de um novo presidente e de uma nova equipe de governo é possível que saiam da gaveta investimentos em projetos de infraestrutura: segundo Philipp Schiemer, presidente, “é uma demanda que falta e que muito esperamos”. Reconhecidas como empresas de forte perfil exportador, Scania eVolvo acreditam na manutenção do planejamento que tem como pilar a busca por novos mercados. No caso da Scania, que está com a ca- pacidade quase que totalmente ocupada pela demanda de outros mercados, o ca- minho será intensificar a ofensiva de sua nova linha de caminhões nos mercados da América do Sul. Hoje 70% da produção da fábrica de
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