AD 349
110 Outubro 2018 | AutoData PERSPECTIVAS 2019 » IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS dos positivos, favorecendo as vendas de rebocados. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, os produtores de grãos – algodão, arroz, fei- jão, milho e soja – consolidaram, na safra passada, receita bruta de quase R$ 209 bilhões, alta de 25,5% na comparação com o exercício anterior. Para a nova safra são esperadas 229 milhões de toneladas de grãos, recuo de 3,8% mas, ainda assim, o segundo maior volume histórico. Ao contrário de outros segmentos, que experimentaram reação tímida ainda em 2017, a indústria de implementos amargou ali o quarto revés seguido, este de 2,4%. As vendas caíram 65%, do patamar de quase 178 mil, em 2013, para 60,5 mil em 2017. A reação de 2018, que se consolidou em 53% até agosto, com 55 mil 804 em- placamentos, tem por base os veículos rebocados, que passaram a ter maior re- presentatividade, também em volumes, nas vendas totais. As vendas de implementos pesados somam 28 mil 133 unidades, alta de 84%. Das quinze famílias de rebocados apenas três têm números negativos: transporte de toras, silos e tanques inox. Na linha leve são 27 mil 671, incremento de 30,5%. Das sete famílias apenas betoneiras, de forte dependência da construção civil, um dos setores com pior desempenho na econo- mia, tem variação negativa. A projeção de Fabris para o ano todo é de 78 mil a 83 mil licenciamentos, acréscimo de 28% a 37% ante volumes de 2017. O segmento de reboques e se- mirreboques terá variação de 56% a 64%, somando de 39 mil a 41 mil rebocados. O desempenho de carrocerias sobre chas- sis será menor, podendo ir de 10% a 18%, comvendas entre 39 mil e 42 mil veículos. O dirigente destacou a inversão na participação dos setores nas vendas de implementos rodoviários: os veículos pe- sados, que em anos anteriores tinham re- presentatividademédia de 35%, chegaram a 40% em 2017. E para 2018 a participação estimada é de 50%. A estimativa é que o setor tenha ca- pacidade instalada para 180 mil unidades anuais, número que sofreu redução de 20% durante a crise em função do fecha- mento de marcas e ajustes nos níveis de produção de várias empresas. Na avalia- ção de Fabris volume ideal de vendas é da ordem de 120 mil unidades, sendo 50 mil a 55 mil de rebocados e 70 mil a 80 mil de carrocerias sobre chassi. Para ele este volume pode ser atingido dentro de quatro a cinco anos. MOVEBRAZIL Há cerca de três anos a Anfir colocou em prática, em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex-Brasil, o Progra- ma de Internacionalização da Indústria de Implementos Rodoviários, o MoveBrazil. Neste período as mais de cinquenta em- presas participantes somamvalores acima de US$ 40 milhões em negócios. “Já abastecemos parte expressiva da América Latina, principalmente América do Sul e América Central. Uma boa meta é conseguirmos exportar algo em torno de 20% do que se produz no País”, projeta Fabris. Atualmente este número está em torno de 5%. O melhor período de exportações foi de 2011 a 2013, com embarques acima de 5 mil unidades/ano. Desde 2014, a média é de 3,6 mil por ano. Em 2018, até agosto, foram 2 mil 235 vendas, recuo de 8% ante igual período de 2017, que chegou a 3 mil 421 unidades, por sua vez declínio de 16%.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=