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132 Outubro 2018 | AutoData PERSPECTIVAS 2019 » MOTORES OTTO E DIESEL S eria mais do que natural supor que a produção demotores no Brasil cresce em ritmo semelhante à de veículos, mas a verdade é que a aceleração no segmento temsido até umpouco superior. Os investimentos feitos em fábricas demo- tores estão ocorrendo intensamente – hoje, das grandesmontadoras instaladas no País, apenas a Hyundai não produzmotores aqui. Empresas como Volkswagen, General Motors, Renault, Nissan, Ford e Toyota re- centemente aplicaram bom montante de recursos em suas fábricas de motores e, assim, jogaram para cima os números de produção local. Cássio Pagliarini, da ECTek Consultoria, conta que o ciclo de vida de uma família de motores émuitomais extenso do que o de uma família de veículos, o que pressupõe evoluções em tecnologia ao longo dos anos e flexibilidade de aplicação dentro da mesma arquitetura: “Enquanto uma fábrica de veículos tra- balha com módulos de 150 mil a 200 mil Por Glauco Lucena LINHAS EM ALTA ROTAÇÃO Produção de motores avança até mais do que a de veículos, graças a investimentos nas fábricas unidades por ano uma fábrica de motores ou transmissões só é viável a partir de 400 mil unidades anuais, se considerada a in- tegração total”. O consultor, que já teve passagens por Ford, Renault e Hyundai, prevê que os investimentos em motores menores e mais modernos, com turbocompressor, continuarão por causa das novas metas de emissões do Rota 2030. VW É A MAIOR Hoje a maior produtora de motores do Brasil é a Volkswagen. Sua fábrica em São Carlos, SP, produziu de janeiro a agosto 450 mil unidades – 110 mil para exportação. A previsão da empresa é a de fechar o ano com 600 mil, 50% acima de 2017. Este aumento é impulsionado por con- tratos de exportação de motores 1.4 TSI para o México, onde são instalados nos cofres de Jetta e Golf. Além disso todos os seus mais recentes lançamentos, como Polo e Virtus, têm motores made in São Carlos. De seu lado o Grupo FCA produziu em 2017 quase 331milmotores Fireflye Fire em Betim, MG, emais 161 mil E.torQ emCampo Largo, PR. A produção em 2018 está em um ritmo melhor, ainda que os números exatos não sejam revelados, e “para 2019 as perspectivas são otimistas, pois o plano estratégico do grupo fortalece a presença de produtos Fiat e Jeep naAmérica Latina”, garante Cláudio Rocha, diretor industrial de powertrain da FCA. Segundo ele a produção será aindamais impulsionada até 2022, pela chegada de 25 produtos novos ou atualizados, o que demandará uma nova família de motores. AGeneralMotors sustenta sua expansão com recente investimento de R$ 1,9 bilhão na fábrica de Joinville, SC, inaugurada em 2013. Lá são feitos os motores 1,0 e 1,4 litro que equipam o Chevrolet Onix e outros modelos. A expansão inaugurada este ano qua- druplicou a área da fábrica catarinense, que saltou de 15 mil m2 para 62 mil m2. Com a nova estrutura as linhas de fabricação passamde seis para nove e, a partir de 2021,

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