AD 349
136 Outubro 2018 | AutoData PERSPECTIVAS 2019 » MOTORES OTTO E DIESEL de estabilidade frente aos números do ano anterior, quando produziu 129,5milmotores. Segundo ovice-presidente industrial Carlos Eigi, a conjuntura econômica na Argentina afeta as atividades de exportação, o que dificulta as projeções 2019: de qualquer maneira a expectativa é por estabilidade. Enquanto a Honda está perto do limi- te de sua capacidade produtiva a Toyota está em fase de expansão na fábrica de motores de Porto Feliz, SP, inaugurada em 2016. A unidade terminará 2018 com 124,6 mil unidades produzidas, 10% a mais do que em 2017, e a empresa projeta elevar esse volume no ano que vem, o primeiro cheio do Yaris. Para isto a fábrica entrará em terceiro turno já em novembro. A EXPECTATIVA PARA OS DIESEL Nos diesel a previsão da Cummins é fechar 2018 próxima de 47milmotores pro- duzidos. Seu presidente, Luís Pasquotto, revela que “para 2019 o cenário é mode- radamente otimista. Há muitas incertezas por conta de eleições, variação cambial e tensões no comérciomundial que poderão repercutir no Brasil, mas trabalhamos com a hipótese de algum crescimento”. Em números a estimativa é de volume de produção de cerca de 50mil unidades, crescimento de 6% na comparação com 2018. A estimativa ainda é menos da me- tade do pico alcançado pela empresa, em 2011, 111 milmotores. Parte da atual reação, segundo Pasquotto, se deve a investimen- tos feitos durante o período de retração econômica – desde 2015 a empresa in- vestiu cerca de R$ 400 milhões no País: “Nosso objetivo é continuar aplicando recursos para os motores diesel e também em novas tecnologias como diesel ultra- limpo, gás natural, biocombustíveis e ainda híbridos e elétricos”. Marco Rangel, presidente da FPT In- dustrial América Latina, afirma que o seg- mento demotores diesel sofreumuito com a recessão, mas começa a se recuperar sobretudo em função do bom momento do setor agrícola: “Apesar desta melhora muitas empre- sas do agronegócio ainda não renovaram sua frota, o que deve começar a ocorrer em 2019. Além disso, quando a retomada começa pelos veículos pesados, como ocorreu este ano, tende a reverberar mais tarde nos veículos de trabalho médios e leves, o que nos deixa otimistas, ainda que de forma cautelosa, para o ano que vem”. Aempresa, parte da CNH Industrial, es- tima produzir 46mil motores este ano, 10% a mais do que em 2017, e crescer mais 2% em 2019 – a crise na Argentina é a maior razão para o índice reduzido. A MWM segue a mesma linha de mo- derado otimismo: em2011, seumelhor ano, produziu 148mil motores diesel e 25mil no ano passado, número que deve crescer 30% este ano. Thomas Püschel, diretor de vendas emarketing, anuncia que “para 2019 esperamos aumentar nossa produção em mais 25%, considerando que a economia brasileira está em recuperação. Ampliamos nossa carteira de clientes em outros mer- cados, chegando a 45 países, para onde destinamos 18% de nossa produção atual”. Outra grande fabricante demotores die- sel, a Mercedes-Benz, preferiu não revelar números de produção ou projeções para o ano que vem. 50% A MAIS A fábrica de motores da Volkswagen em São Carlos, SP, elevou fortemente o volume produzido em 2018 graças a contrato de exportação para o México Divulgação/VW
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