AD 349
139 AutoData | Outubro 2018 Divulgação/CNH Industrial No lado das preocupações quem desponta é a Argentina, mercado que responde por aproximadamente 25% dos negócios da CNH Industrial na América Latina. Já a John Deere, um dos maiores gru- pos globais na área agrícola, de origem estadunidense, projeta 2018 de cresci- mento na América do Sul, por causa do reaquecimento da economia brasileira. As vendas de tratores e colheitadeiras devem crescer emmédia 5%, e esse viés de alta será mantido em 2019 – talvez com uma recuperação ainda maior do que a de 2018, na avaliação de Miguel Neto. Esta análise é compartilhada pela AGCO, que tem seis fábricas no Brasil para produção de máquinas agrícolas das divisões Valtra e Massey Ferguson. Segundo Alfredo Jobke, seu diretor de marketing América do Sul, as perspec- tivas para vendas de máquinas e imple- mentos agrícolas no fechamento de 2018 estão próximas às do geral do setor, em crescimento de 5% a 7% com relação ao ano passado. “Quanto a 2019 seguimos otimistas com o desempenho do setor, mas por enquanto ainda não é possível tecer es- timativas.” CONSTRUÇÃO NA ESPERA Se o setor agrícola manteve seus fundamentos durante o auge da crise o mesmo não se pode dizer dos setores de construção civil e infraestrutura, que viveram período nada menos do que dra- mático, observa Miguel Neto: “Temos mais de sete mil obras paradas no País, que deverão ser retomadas pelo próximo governo mas provavelmente em ritmo lento”. As vendas de retroescavadeiras este ano foram 63,5% acima do ano passado no acumulado até agosto, mas o cres- cimento ocorre ante base muito baixa – foram 1,2 mil unidades. Os números de tratores de esteira são medidos em poucas centenas, enquanto os tratores de roda, usados em obras e mineração, apresentam volumes mais graúdos. Para Gonzalez a guerra comercial de tarifas Estados Unidos x China pode ser muito favorável à soja brasileira no curto prazo, já que deixa os preços dos produtos locais mais competitivos para exportação. Mas emmédio e longo prazo gera incertezas que podem reverter esse quadro favorável. O executivo tambémmenciona a boa safra de milho e, em parte, da cana. Tudo isso impulsiona a demanda por colheita- deiras, em seus cálculos, em até 15% e a de tratores em 5%.
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