AD 349

14 Outubro 2018 | AutoData FROM THE TOP » ANTONIO MEGALE, ANFAVEA O que se pode esperar particularmente para caminhões e ônibus? Acho que o mercado continuará cres- cendo, não aos índices que temos neste 2018 porque a base de 2017 é baixa, mas seguirá em elevação de dois dígitos. Se não houver nenhuma questão cli- mática inesperada deveremos ter uma supersafra, que vai demandar mais ca- minhões. Além disso há uma questão de frete, de logística, e os transportadores sabem que os caminhões novos são mais modernos, com maior capacida- de de carga e mais econômicos, então deve existir um movimento neste sen- tido também. E o Rota 2030, sai mesmo em 2019? Teremos o Rota. O problema agora é que o Congresso não se reúne, porque os deputados estão em campanha. A co- missão foi constituída, há uma discussão em torno de uma emenda, do Nordeste, que terá que ser equacionada de algu- ma forma. O que é claro para nós, aqui da Anfavea, é que não podemos deixar que alguma disputa por uma emenda, seja qual for, coloque em risco o Rota. Teremos a aprovação mas se depois o presidente vetará algo eu não sei, aí é outra história. Mas nós temos um com- promisso do governo que o Rota será aprovado. Em termos de dados macroeconômicos o que a Anfavea projeta para 2019? Inflação acreditamos que ficará den- tro da meta, é o cenário que estamos trabalhando. PIB deve ser 2,5%. Dólar é um pouco mais difícil de dizer, acredito que fique abaixo de R$ 4 e acima de R$ 3,50. É mais para cima do que prevía- mos, antes imaginávamos que de R$ 3,20 a R$ 3,40 seria um bom número, mas este agora será difícil de atingir. Selic não chega a 7%, na nossa visão, ainda que dificilmente fique em 6,25%. São as premissas com as quais estamos trabalhando. de 13,5%, mas a queda da exportação afetará a produção, que de qualquer forma não mudará muito, deve ficar muito próxima da casa de 3 milhões, um pouquinho menor do que o previsto antes, 3 milhões 21 mil. O que dá para esperar, na prática, do ano que vem? Acreditamos que o Brasil voltará a cres- cer de forma mais robusta. Eu diria que independente de quem vencer a elei- ção há compromisso com as reformas que são necessárias, há essa consci- ência dos candidatos. Isso deve trazer um pouco mais de confiança e aquele PIB que esperávamos para este ano, de 2,5%, deve chegar. Tudo leva a crer que teremos um mercado interno em crescimento de dois dígitos, ainda que dois dígitos baixo, coisa de 10%, 11%. Me parece viável. “Tudo leva a crer que teremos um mercado interno em crescimento de dois dígitos, ainda que dois dígitos baixo.” E para a produção? Creio que, com as medidas que o gover- no argentino está tomando, em algum momento do primeiro trimestre de 2019 a situação lá devemelhorar. Acredito que no ano que vem as exportações para a Argentina vão melhorar, ao contrário dos embarques para o México. O Chile está indo bem, a Colômbia está andando meio de lado mas podemos avançar, porque a cota aumenta. Então creio que essa visão de um aumento de dois dí- gitos baixo no mercado interno pode até ser compartilhada também para a produção, talvez um pouco menos, mas com certeza subirá.

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