AD 349
20 Outubro 2018 | AutoData Em janeiro a Fenabrave estimava para 2018 mercado em crescimento próxi- mo de 12%. Em abril reviu o índice para cima, na faixa de 14,5%, mas em julho houve nova revisão, desta vez abaixo, para 10%. Podemos esperar mais al- guma mudança no quadro daqui até dezembro, talvez voltando aos 12%? A primeira revisão foi baseada nos bons resultados do primeiro trimestre. Omer- cado reagiu bem até maio, até a gre- ve dos caminhoneiros. Aí interrompeu muita coisa, os veículos não chegavam às concessionárias e as peças não che- gavam às fábricas. Por isto a segunda revisão. De julho para cá notamos uma leve recuperação e agosto reverteu o quadro, até antes do que esperávamos: achávamos que seria mais para a se- gunda quinzena de setembro ou outu- bro. Em agosto, comparando com julho, as vendas de automóveis e comerciais leves cresceram quase 15% e na com- paração com agosto do ano passado foram 14% a mais. Foi o melhor mês do ano. E no comparativo anual acumulado as vendas também chegaram a 14% de alta. Ainda trabalhamos, considerando todo o setor, com estimativa para o final do ano de 10%, mas em se mantendo em setembro este bom desempenho de agosto vamos sim rever as proje- ções, voltando para algo perto dos 12%. Por Marcos Rozen O quadro geral, de qualquer forma, é positivo, então? A base ainda é baixa, mas estamos re- cuperando. 2015 e 2016 foram os piores anos para a indústria automotiva e, por consequência, para o setor da distri- buição de veículos. Em uma conta bem básica nestes dois anos tivemos uma queda de cerca de 7% no PIB. O segun- do semestre de 2017 trouxe um alento, mostrou um princípio de recuperação. Veja o cenário geral que tínhamos há al- gum tempo frente ao atual: a taxa básica de juros caiu de aproximadamente 14% para 6,5% e a inflação baixou da casa de dois dígitos para uma faixa de 3%. Esses dois fatores foram extremamente positivos para o setor. Sempre digo que o que vende automóvel é juro baixo, o que vende caminhão é PIB e o que vende moto é emprego. Diante da redução dos índices dessas variáveis voltou o nível de confiança, tanto do investidor quanto do comprador. E o senhor diria que este quadro tende a se manter? Sim, mas se preservados os parâmetros normais de temperatura e pressão. As eleições geram uma tensão, o que é natural, e o índice de confiança parou de subir, está apresentando um com- portamento mais estável. De qualquer FROM THE TOP » ALARICO ASSUMPÇÃO JR., FENABRAVE Crença nos dois dígitos
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