AD 349

30 Outubro 2018 | AutoData FROM THE TOP » MARCOS FERMANIAN, ABRACICLO AAbraciclo já tem pronta sua projeção para o ano que vem no segmento de motocicletas? O ano que vem ainda é muito incerto. Há a percepção dentro da associação de que existe a possibilidade de cres- cimento substancial, de registrarmos outro ano de alta após quedas suces- sivas, mas ainda é tudo incerto. Nossa vontade é continuar a crescer, talvez não na magnitude deste ano, mas as fabricantes estão se preparando para, em 2019, manter a estrutura e o ritmo de 2018. Independente de quem for eleito para ocupar a Presidência da República o patamar deste ano deverá ser supera- do no ano que vem, a não ser que ocorra uma catástrofe. O setor demotocicletas já chegou a pro- duzir e a vender mais de 2 milhões de unidades anuais em duas oportunida- des, 2008 e 2011. É plausível considerar que em 2019 pelo menos a marca de 1 milhão volte a ser quebrada? Sim, e isto significaria recuperar pelo menos uma parte do terreno perdido. Nossa visão para 2019 é muito próxima disso, alcançar 1 milhão de unidades no ano. As fábricas estão aí, com capa- cidade ociosa, o novo governo deverá promover as reformas que estamos es- perando e estou convicto de que vamos chegar lá, tanto em produção quanto em vendas. Pode ser, até mesmo, que consigamos alcançar este marco já em 2018. De qualquer forma se não for este ano será no próximo. E as exportações no ano que vem, como ficarão? Essa é a pior das previsões. Não consi- go imaginar um horizonte claro para o mercado argentino. Para este ano nossa projeção, revisada após o fechamento do primeiro semestre, é de queda de 2,2%, com 80 mil unidades exportadas. O nosso grande desafio para 2019 estará, sem dúvida, no mercado externo. Como está a questão dos financiamen- tos? Algum tempo atrás o ritmo de apro- vação das fichas era muito baixo, algo como duas a cada dez... O maior apetite dos bancos por crédi- to é, sem dúvida, o que vem puxando o crescimento do mercado interno. Os bancos das montadoras, como Honda e Yamaha, estão commaior oferta de cré- dito, mas os bancos comerciais, como Banco Pan, Bradesco, Banco do Brasil e Santander também estão fortes na área. Aquestão das aprovações melhorou um pouco, mas o que mudou mesmo foi a disposição dos bancos em conceder crédito. A crise gerou um aprendizado tanto para as financeiras quanto para o consumidor, que também sabe de suas limitações. E há ainda o consórcio, que igualmente está reagindo muito bem. Como está o mix de vendas de motoci- cletas nomercado brasileiro pormoda- lidade financeira? Está bem dividido: os financiamentos tradicionais representam em torno de um terço das vendas, assim como os consórcios e as negociações à vista. Nos consórcios existem planos com até oitenta meses para pagar e, assim, para alguns modelos de motocicletas a parcela fica em torno de R$ 100, um valor que cabe no bolso do consumidor. Os bancos oferecemplanos de financia- mento de até 55 meses, mas a grande maioria varia de 36 a 48. “O maior apetite dos bancos por crédito é, sem dúvida, o que vem puxando o crescimento do mercado interno de motocicletas em 2018.”

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