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35 AutoData | Outubro 2018 Por S Stéfani O ANO DE DANÇAR CONFORME A MÚSICA Seria até simples mas a encrenca é que a banda é daquelas de formatura: vai de clássica a rap em um piscar de olhos. H á muito as incertezas políticas e econômicas não se mostravam tão acentuadas no Brasil e, simul- taneamente, também na vizinha Argentina, de longe o principal destino no Exterior dos veículos fabricados aqui. Todavia, acostumados às fortes emoções que marcam a vida de quem adminis- tra empresas em países emergentes, os executivos da indústria automobilística não parecem se assustar, desta vez, ao aspecto um tanto embaçado da bola de cristal. Ao olhar para 2019 cravam aposta ousada: salvo alguma catástrofe, e em condições normais de temperatura e pressão, vendas e produção de automó- veis e comerciais leves deverão registrar crescimento de 5% a 8% ou, no limite, de até 10%. No caso de caminhões e ôni- bus o incremento muito provavelmente não será inferior a dois dígitos, ainda que baixo. CINCO MILHÕES POR ANO A ousadia da aposta vai além: é razo- avelmente generalizada a projeção de que o mesmo quadro macroeconômico que hoje embaça as projeções de curto prazo nos dois países representa, também, na outra ponta, uma espécie de garantia antecipada de que em 2020 ou, no mais tardar, em 2021, superada essa complexa fase atual, o mercado da América do Sul terá boas possibilidades de alcançar o patamar de 5 milhões de unidades ven- didas por ano – 3 milhões no Brasil, 1 na Argentina e o milhão restante na soma dos demais países. No fim deste ano e pelo menos em boa parte do próximo, contudo, conforme pondera Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América do Sul, a prudência recomenda deixar as empresas – mon- tadoras, fabricantes de componentes e concessionários – preparadas para um período que pode ser marcado por muita volatilidade. Não só para baixo mas, tam- bém, para cima. Convém, em síntese, deixar as empre- sas preparadas para dançar conforme a Divulgação/BMW DANÇAR

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