AD 349

40 Outubro 2018 | AutoData PERSPECTIVAS 2019 » PANORAMA GERAL incertezas os investimentos estão manti- dos e, em alguns casos, até aumentam: o anúncio mais recente foi o da Toyota, nada menos de R$ 1 bilhão para Indaiatuba. TRÊS BOAS RAZÕES Existem pelo menos três boas e con- cretas razões para isso: a primeira é o ciclo normal de renovação das linhas de produ- to, que tende a se acentuar emmomentos como o atual, quando as fabricas operam com ociosidade. As três maiores – GM, VW e Fiat, pela ordem de participação – garantem que têm pelo menos vinte lançamentos cada para os próximos dois a três anos. Nos três casos a maior parte das novi- dades é para segmentos como o de SUVs, hoje o que mais cresce em todo o mun- do, Brasil inclusive, e com os quais espe- ram aumentar sua fatia de mercado. São muitos novos produtos em vias de entrar em linhas de montagem, alguns no Brasil outros tantos na Argentina, sempre com o objetivo de vender nos dois mercados e nos demais países da América do Sul. A meta de todas é sempre a mesma: aumentar a participação e, assim, reduzir a ociosidade das linhas, que ainda insiste em prejudicar o resultado financeiro final. Haja consumidor... A segunda boa razão para a manu- tenção dos investimentos liga-se ao Rota 2030, o novo regime automotivo nacional que o setor espera ver aprovado até no- vembro. Ainda que, sim, até meados do terceiro trimestre esta aprovação fosse tida como praticamente certa até na Câmara dos Deputados despontar emenda de in- clusão de incentivos regionais, sobretudo Nordeste, no mesmo pacote. Trata-se de mudança aparentemente simples mas que, em termos concretos, teria potencial de quase triplicar o custo do programa para o governo. A terceira boa razão para amanutenção dos investimentos é a mais auspiciosa e também a que mais se liga à ousadia de apostas para o biênio 2020-2021. Ocorre que comparadas ao ano passa- do as vendas de veículos, este ano, mos- tramvigoroso crescimento, sempre na fai- xa de dois dígitos – e até dois dígitos altos em se tratando de veículos comerciais. No entanto quando confrontados com os resultados recordes do início da década os números deste ano, sobretudo varejo, mostram-se pífios e desalentadores. É um daqueles casos em que uma má noticia esconde uma boa, excelente noti- cia. Os dados mostram que apenas uma pequena parte dos consumidores que possuem carros com três a cinco anos de uso para oferecer como entrada já se atreveu a fazer a troca por um 0 KM. Todos os demais continuam esperando e repre- sentam, assim, um formidável mercado reprimido. Os excelentes resultados do primeiro trimestre deste ano são encarados como um bom indicativo de o quanto a conju- gação de maior segurança com relação ao futuro, interrupção das demissões, manutenção de juros e maior oferta de crédito podem representar em termos de alavanca de vendas. No mercado de caminhões não foi FCA PSA VW 2019: crescimento da produção de automóveis e comerciais leves. 18 12 18 12 3,5 Média: 9% a 13%

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