AD 349

42 Outubro 2018 | AutoData PERSPECTIVAS 2019 » PANORAMA GERAL diferente. Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, consi- dera que bastou uma projeção de maior crescimento do PIB neste ano para motivar as transportadoras a voltar às compras. No mínimo para recuperar o valor dos ativos. Nos dois casos são condições favorá- veis que podem ou não voltar no ano que vem, na dependência de quem for eleito e de qual venha a ser a política econômi- ca. Mas é certo que, mais cedo ou mais tarde, talvez em 2020 ou no mais tardar em 2021, estes consumidores estarão de volta ao mercado. E quando isto acontecer, conforme en- fatiza Golfarb, da Ford, quem deixar de investir agora correrá o risco de não ter como arrancar junto comos demais, o que representaria perda de ponderável fatia de mercado que dificilmente terá como ser recuperada. INDÚSTRIA 4.0 Há que se considerar ainda que parte dos investimentos programados destina- -se especificamente à chamada Indústria 4.0 e ao consequente aumento da produ- tividade, tido hoje como indispensável em razão da dificuldade que as montadoras encontram para repassar aumentos de custos de produção decorrentes da ocio- sidade e do aumento de preço global das commodities. Neste contexto a inesperada variação cambial próxima de 30% que catapultou o dólar para mais de R$ 4 contribuiu para tornar ainda maior o aumento dos custos de produção, neste caso em função dos componentes importados. O teórico próximo passo deste balé, indicam vários dos executivos do setor, é a cotação voltar a patamar anterior em um futuro não muito distante, pois hoje está fora de compasso. Não se justificaria, assim, repasse dos aumentos decorrentes do câmbio, nemmesmo no que se refere aos carros importados. São, assim, várias e bem diversificadas coreografias disponíveis no tablado. Os passos de cada uma merecem ser acom- panhados bem de perto pelos eventu-

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