AD 349
43 AutoData | Outubro 2018 ais reflexos que possam causar no setor. Cortes, da VWCO, por exemplo, parte do princípio que seja quem for o futuro pre- sidente na área econômica, em particular, as diferenças não poderão ser significativas uma vez que os candidatos concordam que o problema central a ser enfrentado é o déficit público. Issao Mizoguchi, presidente da Hon- da para América do Sul, pondera que o quadro tende a se estabilizar depois das eleições e vai além: “A não ser que o futuro presidente faça alguma mudança radical na economia a possibilidade de o País continuar crescendo é grande”. Luiz Montenegro, presidente da Anef, que representa os bancos das montado- ras, entende que “o consumidor não está feliz e tampouco otimista, mas também não se mostra tão receoso quanto antes”. No âmbito externo a aposta de Antônio Megale, presidente da Anfavea, é a de que o governo argentino conseguirá manter sua atual politica econômica, o que, ao menos em principio, abriria a possiblidade do mercado local de veículos estabilizar- -se e até iniciar processo de retomada em 2019, ainda que no segundo semestre. E, de qualquer forma, Bernardo Fedal- to, diretor comercial da Volvo, avalia: “O que perdermos na Argentina ganharemos em outros mercados”. A síntese desse complexo baile vem de Miguel Jorge, ex-executivo da indústria automobilística e ex-ministro do Desen- volvimento, Indústria e Comércio Exterior, hoje sócio diretor da consultoria Barral M Jorge: “Qualquer que seja o candidato a vencer as eleições teremos um 2019 melhor”. O salão de danças está formado, ainda que a decoração não seja unanimidade em bom gosto. Diante deste cenário o melhor a se fazer talvez seja seguir a oportuna orientação que Luiz Pedrucci, presidente da Renault, oferece a seus colaboradores: “Façam seu trabalho sem se preocupar excessivamente com o cenário para além dos muros” – ou, no caso, com um tom levemente desafinado que a banda possa deixar escapar aqui e ali. MUITO AJUDA QUEM NÃO ATRAPALHA O sentimento geral é que se um novo governo não fizer nenhuma grande bobagem na economia o Brasil tem tudo para continuar bailando a dança do crescimento Divulgação/BMW
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