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46 Outubro 2018 | AutoData PERSPECTIVAS 2019 » MACROECONOMIA A pesar de um cenário político incer- to as projeções para a economia brasileira em 2019 apontam que por mais dificuldades que o Brasil possa enfrentar há, sim, um bom espaço para crescer. Miguel Jorge, sócio sênior da consul- toria Barral M Jorge – também ex-ministro e ex-executivo da indústria automotiva, crava: “Qualquer que seja o candidato a vencer a eleição teremos um 2019 melhor que 2018”. Ele acredita que esta fase final de 2018 seguirá marcada por muitas incertezas e posições antagônicas com relação à economia, mas a seguir o cenário estará bemmenos nublado e os agentes econô- micos começarão a jogar com posições mais definidas e claras. As previsões para o PIB não são exa- tamente altas, mas para Jorge o País crescerá no ano que vem mais do que neste ano. “Alguns analistas estão falando em até 1,8%, o que é bom porque é um cresci- mento.” Ele ainda acredita que a melhoria dos Por Lucia Camargo Nunes Cenário político segura investidor Para economistas é quase unânime uma urgência de aprovação de reformas e de um governo conciliador índices dependerá muito da aprovação de reformas – previdenciária e tributária, principalmente – para que investidores voltem a apostar no País. E a retomada do emprego, por sua vez, depende do crescimento: “A refor- ma trabalhista traria novos empregos se a economia estivesse razoável. Mas ela pode ter evitado uma queda maior das vagas”. Para ele o dólar deve cair, pois calcula que de 70% a 80% da alta dos últimos tempos foi causada por especulação fi- nanceira: “Após as eleições haverá cer- tamente uma queda, que pode ser mais ou menos acentuada dependendo do resultado”. Sérgio Vale, economista chefe da MB Associados, vê cenário mais tumultuado: “Difícil vislumbrar crescimento em 2019. Só acontecerá se o novo governo for mais conciliador e medidas como a reforma da Previdência forem aprovadas pelo Congresso”. Para ele as propostas dos candidatos favoritos à Presidência trazemmais riscos do que benefícios à economia e, por isso,