AD 349

51 AutoData | Outubro 2018 e na busca de ferramentas para melhorar a competitividade, o setor recebeu com desagrado as medidas federais que pro- curam um equilíbrio fiscal. Oque o governo argentino fez foi reduzir as restituições das exportações no Mer- cosul: as empresas recebiam 6,5% sobre os valores que exportavam para o Brasil e, desde agosto, essa alíquota caiu para 2%. E ainda sobretaxou os embarques de bens manufaturados em3 pesos por dólar. A Adefa se reuniu com Dante Sica, mi- nistro da Produção, para manifestar sua preocupação com os impactos das me- didas. Hernán Vázquez, presidente da VW Argentina, foi direto: “Tendo em conta o perfil exportador da indústria argentina es- tas medidas afetarão a produção e, conse- quentemente, o Plano 1 Milhão”. Cristiano Rattazzi, principal executivo da FCAArgentina, foi além: “Não há dúvidas de que a Argentina volta a surpreender com abruptas mudanças no ciclo econômico. Lamentavelmente as urgências levaram a medidas com as quais nenhum governo se sente confortável, como o regresso de taxação às exportações”. SINAL AMARELO As recentes medidas e a afirmação do próprio governo de que o país entra em recessão econômica, somada aos altos índices de inflação, acenderam definiti- vamente as luzes de alerta para o setor automotivo. Na contramão das expectativas iniciais o desempenho continua empurrando os números da indústria para baixo. Algumas empresas já exercemparadas técnicas em suas fábricas e anunciaram suspensões de pessoal, de forma rotativa, para ajustar estoques. Emmaior oumenormedida a si- tuação afetará todas as fábricas, à exceção da Toyota, pelomenos até o fimdo ano – e em alguns casos poderá ser estendida até março de 2019. A paralisação, naturalmente, acabará sendo reproduzida pelos fornecedores. Pablo Camacho, gerente da Câmara das Indústrias Metalúrgicas e de Componentes Produção Exportação Mercado O drama argentino em números 473,8 209,6 901 565 300 945 500 280 810 500 550 280 310 700 750 2017 2018 projeção inicial 2018 projeção atual Projeção 2019 Fonte: Adefa e executivos.

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