AD 349
52 Outubro 2018 | AutoData de Córdoba, diz que a situação é complexa e adverte um “sério risco para o setor local de autopeças se o quadro de interrupção produtiva se prolongar”. Aabruptamudança do cenário levou ao afastamento de qualquer otimismo. Hoje todos estão resignados a volume de 480 mil a 500mil unidades produzidas e 290mil unidades exportadas, comvendas internas de 800 mil a 820 mil. Rattazzi reclama que “o setor automotivo necessita de previsibilidade. As incertezas e as altas taxas golpeiamduro, como com- prova a queda da demanda do mercado. Hoje quem tem capacidade de compra escolhe o refúgio do dólar e quem está atado ao crédito enfrenta o futuro com grande incerteza. Por tudo isso as previ- sões de um ano recorde para o mercado argentino foramdefinhando pouco a pouco e agora, para 2019, as projeções serão bem conservadoras”. Submersos em um cenário de incerte- zas os executivos não queremnemarriscar números. O argumentomais utilizado é que a crise e as decisões oficiais podemdeixar feridas nas empresas e, assim, dificultam a possibilidade de trabalhar em qualquer projeção neste momento. AAdefa, emnota, afirmou: “Teremos que aguardar o desenvolvimento do primeiro trimestre de 2019 para compreender a real dimensão do comportamento domercado”. Extraoficialmente, e sob condição de sigilo, alguns executivos apresentaram suas visões para 2019: aqueles que cul- tivam visão mais otimista entendem que a produção pode chegar à faixa de 550 mil unidades, as exportações a 310 mil e as vendas a 750 mil veículos. E o grupo mais conservador acredita em produção de 500 mil unidades, mercado de 700 mil e exportação de 280 mil unidades. Para embolar aindamais o cenário 2019 terá eleições presidenciais na Argentina. Assim, emum comportamento clássico, a volatilidade do mercado colocará à prova todas as estatísticas e projeções. Financiamentos em baixa O financiamento para compra de carros, uma das principais ferramentas de comercialização no mercado argentino, começou a registrar um forte retrocesso por causa do incremento das taxas e dos preços dos veículos. O último registro disponível, de agosto, mostrou que a queda nos financiamentos foi de 40% ante igual período de 2017. De acordo com a Acara, associação local dos distribuidores, em agosto foram financiados 33,3 mil veículos, o que representou 52% das vendas totais no mês. O setor alega que a retração aconteceu basicamente pelo aumento das taxas de juros, por sua vez puxada pelo incremento do dólar. Foi o quinto mês consecutivo em que os financiamentos se contraíram. A queda começou em abril, com 3% menos no comparativo anual. Em maio foi de 14%, em junho 27% e em julho 28%. O valor das parcelas do financiamento, obviamente, é determinado pelo preço do 0 KM. E também por isso durante o ano os planos foram fortemente reajustados, pois estima-se que os preços dos veículos novos aumentaram mais de 40% em 2018. PERSPECTIVAS 2019 » ARGENTINA “Lamentavelmente as urgências levaram a medidas com as quais nenhum governo se sente confortável, como o regresso de taxação às exportações.” Cristiano Rattazzi
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