AD 349
76 Outubro 2018 | AutoData Com a ameaça de capacidade ociosa a forma de manter volumes de produção foi incrementar os negócios da venda direta – que, segundo o executivo, não necessariamente traz bom retorno aos investimentos. “Esta é a realidade enfrentada diariamente e há um bom tempo pela indústria automotiva.” Para ele a combinação de pressão nos custos e menor preço das vendas diretas trouxe às empresas uma combinação difícil de superar: “Aqueles que projetaram a tendência para 2018 a partir do resultado obtido no último quadrimestre de 2017 devem estar agora usando a caneta vermelha em suas contas”. A perspectiva ainda é mais difícil com as notícias vindas da Argentina, principal cliente externo dos veículos brasileiros. Golfarb lembra que no Congresso AutoData Perspectivas 2018, em outubro de 2017, já alertava para quadro Fechamento 2019 Mercado total Alta de 5% a 10% PIB 2,5% PIB 1,36% 1 US$ = R$ 3,75 1 US$ = R$ 3,83 Selic 8% Selic 6,5% Inflação 4,11% Inflação 4,09% Fechamento 2018 Mercado total 2,5 milhões a 2 milhões 540 mil Produção total 3 milhões 21 mil Exportação total 766 mil MONTADORAS/LEVES » FORD que não deveria repetir o crescimento registrado naquele ano, “pois a Argentina é macroeconomicamente vulnerável”. Com estas condições nos principais mercados da América do Sul no radar da empresa há pelo menos três anos as perdas seguem se repetindo. O diagnóstico fez a Ford promover ajuste na organização da região para transpor com maior eficiência esse duro período, diz o executivo: “Reduzimos os quadros e conseguimos alcançar uma alta eficiência com as equipes disponíveis em todas as áreas”. Dessa forma, sem apresentar números, Golfarb aponta os direcionamentos Ford: “Nossas projeções indicam crescimento de vendas, com elevação moderada na produção e estabilidade com viés de queda nas exportações. Essa é a nossa visão para este ano e para o próximo”.
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