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16 FROM THE TOP » MIGUEL JORGE, DA BARRAL M JORGE Novembro 2018 | AutoData um acordo com a União Europeia, não interessa a eles, em uma comparação do tamanho dos mercados não faria sentido algum. De forma geral o senhor diria que está otimista ou pessimista com o que pode acontecer a partir de 2019? Estou cuidadosamente otimista, porque não se tem direito ainda ideia do que realmente pensa o novo presidente. Quanto ao provável futuro ministro da Economia é uma pessoa da área finan- ceira, conhece bem essa área mas não tem nada a ver com a indústria. Mas se houver pessoas abaixo dele responsá- veis pelas respectivas áreas, inclusive a indústria, há uma boa possibilidade. Acredito que há uma expectativa favo- rável, de mudança, sempre é positivo. Não gosto muito de falar emmercado, porque 80% dele é especulativo, mas se percebe esse espírito de mudança, de algo novo, fora da tradição política... pode vir a ser uma vantagem. “80% das reuniões que tínhamos com setores da indústria eram para pedir algum tipo de proteção. Nunca foi alguém lá apresentar um plano industrial de crescimento, abertura de empregos, modernização.” Venezuela foi uma bobagem, e ela nem entrou realmente, não significou nada. A dificuldade é que pelo regimento um país não pode fazer acordo bilateral sem a aprovação dos congressos dos de- mais países membros, o que é uma lou- cura, e aí nunca se aprova nada. O que tem que mudar é o regimento. E não dá para dizer ‘vamos rever a questão com a Argentina, o Chile é mais importante’, pois é um raciocínio errado. O mercado do Chile só tem 12 milhões de consumi- dores e é um dos mais competitivos do mundo, só de caminhão lá há quarenta marcas, ali chega tudo da Ásia via Pa- cífico muito mais barato. O Brasil tem que descer até a Argentina e subir por Paso de Los Libres, que fica seis meses com neve, não passa ninguém. Não tem cabimento essa história. A ideia original do Mercosul era de acordos regionais, de bloco para bloco, com Nafta, Bloco Andino, com a própria União Europeia. Ainda que isso nunca tenha acontecido o Brasil jamais conseguirá fazer sozinho