354-2019-04

53 AutoData | Abril 2019 Divulgação/Usiminas montadoras aços três vezes mais resis- tentes e que, ainda assim, proporcionam diminuição de peso das peças de 7% a 25%. O objetivo dessas empresas, de forma geral, é o de que suas carteiras de pedidos acompanhem pelo menos o crescimento de 9% previsto pela Anfavea para a pro- dução de veículos este ano. Responsável por 22% do total de aço consumido no Brasil a indústria automobi- lística é o segundomaior cliente das usinas siderúrgicas, atrás apenas da construção civil. Se consideradas somente as usinas que produzem aços planos, usado em diversos componentes de veículos, o setor tem um peso ainda maior. Na Usiminas, por exemplo, a cadeia de produção de veículos responde por cerca de um terço das vendas totais, sendo seu principal mercado. Acompanhar as evoluções regulatórias, como as do Rota 2030, é, portanto, uma tarefa inescapável às fabricantes de aço. Ao mesmo tempo o desenvolvimento de novas linhas é um trabalho que visa não apenas à defesa de fatias desse grande mercado mas, também, substituição de aços que hoje chegam ao País importados – um canal que, inclusive, voltou a ficar completamente aberto sem as exigências de conteúdo local do Inovar-Auto. André Munari, responsável pelo depar- tamento de vendas ao setor automotivo da ArcelorMittal, considera ser “irreversível a tendência de inovação tecnológica para a redução de peso e melhoria da segu- rança dos veículos”. Para ele “atualmente, graças ao desenvolvimento tecnológico, estamos conseguindo reunir essas duas grandezas antagônicas no passado, for- necendo produtos que atendem à neces- sidade de eficiência energética mantendo ou ampliando a garantia de segurança fundamental para os passageiros”. Fornecedores como Usiminas e Gerdau salientam que seus portfólios estão em li- nha com as últimas tecnologias da siderur- gia global. Dessa forma estão preparados para ajudar as montadoras a alcançar as metas colocadas pelo Rota. Na Usiminas equipes de engenheiros ENROLADO Sem exigências de conteúdo local as montadoras podem importar aço à vontade enquanto produtores locais precisam investir em tecnologia considerado salgado pelas montadoras que, por esta razão, ainda impõem certas barreiras às tecnologias desenvolvidas no campo dos metais. As siderúrgicas garantem que a avalia- ção não deve ficar apenas no custo mas também nos benefícios das aplicações múltiplas desses aços, bem como na con- tribuição que podementregar aos esforços em direção ao downsizing – e não só de motores, mas também da cadeia de pro- dução de veículos. Os últimos produtos adicionados aos catálogos de fornecedores como Arce- lorMittal, Gerdau e Usiminas oferecem às

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=