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12 FROM THE TOP » LUIZ CARLOS MORAES, ANFAVEA Maio 2019 | AutoData temos que investir em tecnologia mas vender hoje com margem para pagar essa conta. A saída é procurar parcerias, dividir com concorrentes ou empresas de outros setores. No Brasil precisamos voltar a crescer de forma mais robus- ta para termos condições de participar deste desenvolvimento. Ainda sobre o seu discurso de posse: o senhor falou tambémde competitivida- de e sua ligação com temas associados diretamente ao governo federal como política tributária, infraestrutura etc. Ao mesmo tempo não houve a tradicional cerimônia de posse que simboliza um primeiro contato formal de uma nova gestão com os governantes. Não é um contrassenso? Nosso entendimento foi diferente. Prefe- rimos primeiro fazer uma reunião inter- na, no próprio dia da posse, com todos os presidentes das montadoras, para entendermos quais temas devem ser atacados primeiro, com quem devemos falar primeiro, em busca de consenso. Não é o presidente daAnfavea quemde- fine o futuro da indústria: ele tem o papel de representar todos os presidentes das montadoras, de mostrar qual a direção a seguir. Uma solenidade tem, sim, uma simbologia, mas estamos querendo ser mais pragmáticos. Sentamos, discutimos e definimos as prioridades. E quais são estas prioridades? Basicamente competitividade, ela resu- me tudo. Pode-se alegar que falamos nisso há muito tempo, mas precisamos buscá-la. Fazendo uma analogia: quando temos problemas na nossa casa como aumento nas contas de água e luz ou condomínio caro, mas se ganha umbom salário, estas ineficiências passam, po- rém quando a receita familiar cai elas incomodammais. Com a nossa indústria é a mesma coisa. Quando o mercado era de 3,8 milhões as ineficiências tam- bém existiam, não mudaram de lá para cá, mas agora temos uma ociosidade grande e elas incomodam mais. Algu- “Não é o presidente da Anfavea quem define o futuro da indústria. Ele tem o papel de representar todos os presidentes das montadoras.”

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