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64 Julho 2019 | AutoData CONJUNTURA » INVESTIMENTOS O momentoatualda indústria automoti- va no Brasil é demudanças regulató- rias e de padrão de consumo. Estes, naturalmente, cobram investimentos pesados particularmente para produção de veículosmais eficientes e conectados, mas aomesmo tempo o setor segue, emgeral, sem capacidade de financiar programas de renovação de portfólio com recursos gerados a partir das operações locais. Como consequênciamontadoras e seus maiores fornecedores estão recebendo das matrizes uma onda impressionante de aportes internacionais. Após seis anos ininterruptos de forte alta os investimentos estrangeiros na in- dústria de veículos, incluindo as fábricas de autopeças, alcançaramUS$ 14,5 bilhões em 2018. É valor oito vezes maior do que o total de 2012, ano domelhor volume de vendas de veículos do mercado interno. A cifra faz parte das estatísticas de contas externas do Banco Central e, pelo menos nos dados disponíveis, revela que a indústria automobilística nacional nunca recebeu tanto dinheiro de fora. À primeira vista o ingresso denso de capital sugere que a convicção das matri- zes na retomada das operações no Brasil permanece inabalada. E também que há, sim, expectativa de recuperar esse inves- timento via lucratividade. E assim esta montanha de dinheiro representaria um sinal positivo de que as companhias automotivas, em sua maio- ria, não desistiram do Brasil mesmo após prolongado período de crise doméstica, Por Eduardo Laguna UM CHEQUE DE US$ 14 BILHÕES Montadoras recorrem a aporte internacional inédito para levar seus programas de investimento local adiante Sai BNDES, entra capital estrangeiro 1 895 2 237 2 654 2 575 4 718 5 186 3 065 1 282 1 459 1 099 949 1 730 1 176 1 087 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Fonte: AutoData, com dados do Banco Central e do BNDES Investimentos estrangeiros no setor (US$ milhões) Empréstimos do BNDES (R$ milhões)

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