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14 FROM THE TOP » PHILIPP SCHIEMER, DA MERCEDES-BENZ Agosto 2019 | AutoData global é que exportamos impostos. Nos esforçamos mas não temos condições iguais às do México, da China, do Japão. O sr. então também defende o retorno do Reintegra? Sim, sou totalmente favorável, ainda que não acredite ser uma solução definitiva: o ideal é desonerar as exportações, mas isso depende de uma reforma tributária, e se ela não acontecer o Reintegra é uma possibilidade. E não é subsídio: hoje o consumidor externo paga impostos brasi- leiros e isso nenhumoutro país faz, você mata a competitividade local. A queda na receita seria compensada facilmente comoutras fontes comomais emprego e mais encomendas para os fornecedores. Qual alíquota para o Reintegra o sr. julga ideal? Se a nossa competitividade é 15% abaixo, temos que colocar 15% na mesa. Se não for possível, vamos conversar qualquer coisa, já é melhor do que o de hoje e ninguém sabe como vai ser amanhã, já foi 2%, 3% e agora é zero. “A proposta aprovada para a reforma da previdência não é ótima, mas é boa. É um primeiro passo.” câmbio também deve ficar estável. A previdência sozinha, porém, não será suficiente para crescermos 3%, 4% ao ano, e o Brasil não pode crescer 1%, o PIB ainda está no nível de 2013, 2014... o país precisa voltar a crescer para gerar em- prego. A reforma tributária está em uma discussão avançada, estou animado. O Brasil cobra muito imposto e o sistema é muito complexo, ninguém entende, é uma ineficiência. Isso ajudaria também a atrair novos investimentos. O sr. concorda com a ideia de que a in- dústria automotiva brasileira precisa avançar mais nas exportações? A razão mais importante para o Brasil não competir com força no mercado

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