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18 FROM THE TOP » PHILIPP SCHIEMER, DA MERCEDES-BENZ Agosto 2019 | AutoData Qual o futuro da unidade deJuiz de Fora? Nós fazemos a estamparia de nossas cabines emSão Bernardo do Campo. De- pois seguempara Juiz de Fora para solda, pintura e montagem e então as cabines prontas retornam ao ABC para monta- gem nos caminhões. Muitos dos nossos concorrentes não fazemcabine, têmum processo parecido como nosso receben- do de um fornecedor, tambémdeMinas Gerais. Nós temos esse processo e há simdesvantagem logística comparando com fazer tudo em São Bernardo, mas é nosso trabalho melhorar isso. Hoje há uma definição bastante clara de quem faz o quê: Juiz de Fora produz cabines e São Bernardo a montagem final dos caminhões. E isso é o mais importante, para que possamos nos concentrar em criar formas de melhorar esse processo. Aquestão logística é relevante, mas não muito. Lá o pessoal trabalha 44 horas e emSão Bernardo quarenta, há compen- sações. Investimos R$ 250 milhões em Juiz de Fora agora, é a nossa fábrica de cabines mais moderna, a pintura é ini- gualável. Não vamos investir noABC para pintura se temos uma pintura de primeira linha em Juiz de Fora. O pessoal lá está preocupado porque a próxima geração do Actros será produzida em São Ber- nardo e por isso haverá perda de postos de trabalho ali, é um fato mas é um fato conhecido, já havíamos comunicamos essa decisão há muito tempo, já estava programada e não será alterada. Mas não vamos trazer a produção de cabines para São Bernardo, isso não existe. Há possibilidade da entrada em vigor das normas Euro 6 ser adiada para além de 2023? Não ouvi essa discussão e se ela existe não partiu da Mercedes-Benz. Estamos comprometidos com 2023 e estaremos prontos até lá. Acredito que em termos ambientais seria muito melhor tirar os caminhões velhos da rua primeiro, mas não podemos nos queixar: a decisão foi tomada, foi uma discussão justa e aberta e em 2023 vamos atender ao Euro 6. A fábrica do ABC ainda vai passar por mais modernizações, só começamos esse processo, que está acontecendo emetapas. No ano que vemvamos com- pletar a modernização de toda a parte de logística, é algo que agora está em curso, assim como as plantas de agre- gados. Até 2020, 2021 estaremos neste processo. Fora isso teremos grandes investimentos nos produtos, atendere- mos Euro 6, além de novas tecnologias como veículos e serviços conectados e tambémveículos autônomos para apli- cações como agricultura e mineração. “Em lugar de discutirmos caminhões movidos a gás preferiria que falássemos sobre renovação de frota”

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