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12 From the top » Federico Servideo, da Camarbra Setembro 2019 | AutoData A situação naArgentina, como bem se sabe, é dramática: a crise chegou às três esferas possíveis, alcançando sem dó as áreas política, econômica e institucional. O cenário ficou ainda mais embaralhado com o resul- tado das prévias, a primeira etapa da eleição argentina, com ampla vitória da oposição e o anúncio imediato de medidas econômi- cas por parte da situação. Como pano de fundo inflação anual de 50% e taxa de juros de 70%. Para tentar avaliar e compreen- der – naturalmente que dentro do possível – umpouco o cenário atual e o à frente AutoData convidou Fe- derico Servideo, diretor presidente da Camarbra, a Câmara de Comér- cio Argentino Brasileira: ele, que é economista e contador, ocupa o posto desde novembro de 2015. O dirigente também é sócio res- ponsável pela área de Advisory da PwC Brasil, bacharel emContabili- dade pela Universidad de Buenos Aires e tambémpela Universidade Paulista e possui pós-graduação em Tecnologia, Conhecimento e Inovação pela USP, a Universidade de São Paulo. A Câmara foi fundada em 1943 e além de desempenhar papel de arbitragemno relacionamento co- mercial dos dois países, oferecen- do encaminhamento de soluções adequadas às instâncias diplomá- ticas, governamentais, políticas e empresariais, busca atuar como elo comercial para Brasil e Argentina emdesenvolvimento de negócios. Nesta entrevista exclusiva, con- cedida na sede da Câmara, emSão Paulo, ele falou sobre o acordo au- tomotivo do Mercosul e do bloco com a União Europeia, a busca de uma regulamentação comum para veículos emuitomais. Confira a seguir os principais trechos da entrevista. Entrevista a Leandro Alves, Márcio Stéfani e Vicente Alessi, filho integração sem interrogação quanto que aquele que nomomento tem o poder não tem um mandato... É muito complexo e difícil de administrar. Há um hiato de setenta dias das primárias ao primeiro turno, é um período longo. De forma geral o que entendo é que o país não está preparado para extremos, sejam eles um ajuste fiscal de direita ou um populismo de esquerda. Quando alguns dizem que o Alberto Fernández não é o populista da forma como é apresenta- do em determinadas colocações eles podem estar certos: ele é um político profissional, bastante inteligente e apa- rentemente está cercado por com um grupo de pessoas não tão kirchneristas. É possível imaginar como ficará o ce- nário econômico na Argentina após as eleições? A campanha política na Argentina foi muito ruim, nenhum dos candidatos apresentou suas propostas para a eco- nomia. Agora, após as primárias, é que algumas ideias estão sendo abordadas e debatidas, pois até então eram muito vagas, compouco conteúdo. De qualquer maneira é muito difícil dizer o que virá, não há uma resposta clara, pois existe uma tremendamistura... Naminha visão o candidato que temamelhor possibilidade de vencer o pleito, agora, temomandato da populaçãomas não temo poder, en-

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